A eliminação de novas infecções pelo HIV/SIDA, particularmente na mulher e criança em Moçambique, depende do reforço financeiro dos programas de saúde e envolvimento de diferentes sectores nacionais e internacionais, para que, até 2015, haja no mundo menos de cinco porcento de contaminações.
Estas e outras informações foram prestadas esta quarta-feira (31), em Maputo, durante a nomeação da Primeira-Dama moçambicana, Maria da Luz Guebuza, como nova patrona do Plano Global de Eliminação de Novas Infecções pelo HIV/SIDA.
Maria Guebuza desafiou o sector moçambicano da Saúde a reforçar o fundo alocado aos programas de saúde materna e reprodutiva, envolver cada vez mais os líderes comunitários e religiosos, políticos e parceiros na erradicação da pandemia do SIDA. Deve-se, igualmente, mobilizar recursos para apoiar a mulher grávida de acordo com as suas necessidades específicas.
O ministro da Saúde Alexandre Manguele disse que uma das formas de estancar a propagação da doença a que nos referimos é a erradicação da pobreza, da fraca rede escolar e sanitária, da falta de informação sobre os perigos da enfermidade no país, em particular, e na África Subsaariana, em geral, dentre outros.
O director executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé, referiu que no mundo cerca de 490 mil crianças nasciam seropositivas, das quais mais de 90 porcento no continente africano, facto que gerava desigualdades e falta de redistribuição equitativa de oportunidades em várias áreas, tais como económica e social.
A escolha de Moçambique para presidir o Plano Global de Eliminação de Novas Infecções pelo HIV/SIDA resulta dos avanços alcançados nos últimos anos, uma vez que conseguiu reduzir em 44% as infecções da mãe para o filho, disse Michel Sidibé.
Para o embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Douglas Griffiths, a introdução de linhas de tratamento moderno reduz a morte de mulheres, seus parceiros sexuais não afectados e crianças. Exemplo disso, é que, em 2012, um milhão de bebés nasceram livres do HIV/SIDA em todo o mundo.
Entretanto, em Moçambique somente 38 porcento de mulheres beneficiam de tratamento vertical, por isso, há necessidade de reduzir o estigma, maximizar a expansão do acesso ao tratamento, retenção dos pacientes nos cuidados médicos e aumentar os testes nas mulheres.