O Exército mexicano resgatou 61 imigrantes ilegais, a maioria da América Central, que na tentativa de chegar aos Estados Unidos foram sequestrados por criminosos no norte do México, afirmou o governo, esta quinta-feira (27).
Os imigrantes teriam permanecido sequestrados por pelo menos 15 dias numa casa na cidade de Reynosa, no Estado de Tamaulipas, perto da fronteira com os EUA e que por anos vivenciou fortes episódios de violência perpetrada por grupos criminosos.
O resgate ocorreu na quarta-feira durante uma ronda de vigilância realizada pelos militares. “Num reconhecimento terrestre eles observaram pessoas que pediam ajuda desde o interior de uma casa. Ao entrar, localizaram 61 pessoas”, afirmou em comunicado a Secretaria de Governo.
Entre os resgatados havia três mexicanos, quatro hondurenhos, um nicaraguense, 33 guatemaltecos e 20 salvadorenhos, de quem os seus sequestradores exigiam entre 3.500 e 6.000 dólares para levá-los ilegalmente aos EUA.
O sequestro, o desaparecimento e o assassinato de imigrantes aumentaram no país, especialmente em Tamaulipas, onde os Zetas assassinaram 72 imigrantes ilegais sequestrados em 2010.
Cerca de 82.000 pessoas morreram e 27.000 estão desaparecidas desde que o ex-presidente Felipe Calderón lançou no fim de 2006 uma campanha contra os cartéis de droga, provocando a diversificação dos crimes pelas organizações com extorsões, pirataria, sequestros e tráfico de pessoas.
Com a chegada do presidente Enrique Peña Nieto no fim de 2012, o índice de homicídios caiu levemente, mas a violência persiste e se estendeu a novas áreas do país sem que haja mudanças notórias na estratégia de segurança, segundo analistas.