O governo de Belarus disse na quinta-feira que pode indiciar cinco ex-candidatos a presidente envolvidos em protestos pós-eleitorais, e os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram que irão rever suas relações com a ex-república soviética depois da violenta repressão à manifestação de domingo.
Um porta-voz da polícia de Minsk disse que 19 ativistas, inclusive os cinco ex-candidatos, permanecerão detidos e responderão por acusações de “organizar desordem em massa”, pelo que podem ser condenados a até 15 anos de prisão. Centenas de policiais com cassetetes e escudos dispersaram uma multidão de pelo menos 10 mil pessoas que protestavam contra a eleição do presidente Alexander Lukashenko para um quarto mandato.
Mais de 600 pessoas foram detidas, inclusive jornalistas. “As eleições e suas consequências representam um lamentável retrocesso no desenvolvimento de uma governança democrática e do respeito pelos direitos humanos em Belarus”, disseram a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e a alta representante europeia Catherine Ashton.
Já a Rússia disse, por meio de seu embaixador em Minsk, apoiar as medidas legais contra os líderes das manifestações.