A Europa lançou, esta quinta-feira (3), o primeiro satélite do seu multibilionário programa espacial Copérnico de observação da Terra, que irá fornecer imagens valiosas no caso de catástrofes naturais ou até mesmo um acidente de avião.
O satélite Sentinel-1a, que foi colocado em órbita a partir do porto espacial europeu na Guiana Francesa, às 18h02, vai ser usado para monitorar o gelo marinho, derramamento de petróleo e uso da terra, e para responder a emergências como enchentes e terremotos.
O satélite, com uma antena de radar de 12 metros de comprimento e dois painéis solares com 10 metros de comprimento, está agora orbitando o planeta, 693 quilómetros acima da Terra.
O projecto Copérnico, para o qual a União Europeia e a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) têm comprometido financiamento de cerca de 8,4 bilhões de euros até 2020, é descrito pela ESA como o programa mais ambicioso de observação da Terra até o momento.
O Copérnico foi concebido para fornecer dados que possam ajudar os formuladores de políticas a elaborar leis ambientais ou reagir a situações de emergência, tais como desastres naturais ou crises humanitárias.
O lançamento do projecto tornou-se particularmente urgente depois de a Europa ter perdido contacto com o seu satélite Envisat de observação da Terra, em 2012, depois de dez anos de operações.
“O grande avanço é que agora podemos cobrir todos os lugares da Terra a cada três a seis dias”, disse o director do programa de Observação da Terra da ESA, Volker Liebig, antes do lançamento.
“Isso costumava levar muito mais tempo com o Envisat. Se você quiser usar imagens para apoio à gestão de desastres ou para encontrar um avião, então precisamos que as imagens sejam as mais recentes.” Mas ele alertou que primeiro é preciso saber mais ou menos onde um avião teria caído, o que não é o caso do jacto desaparecido da Malaysia Airlines.