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EUA preveem mais de 500 mil casos do Ébola no oeste da África

Os especialistas globais emitiram novos e alarmantes alertas a respeito da escala do surto do Ébola no oeste da África, esta terça-feira (23), e o governo dos Estados Unidos estimou que entre 550 mil e 1,4 milhão de pessoas podem ser infectadas na região até Janeiro.

O Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) declarou que asua projecção baseou-se em dados do final de Agosto e não levou em conta uma missão norte-americana planeada para combater a doença, e por isso a cifra mais alta é improvável.

Entretanto, a projecção veio na esteira de uma pesquisa de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da instituição britânica Imperial College, que estimaram que 20 mil pessoas correm risco de infecção dentro de seis semanas – meses mais cedo que as previsões anteriores.

A projecção alertou que a doença pode tornar-se uma característica permanente do oeste africano. A pior epidemia do Ébola registada já matou mais de 2.800 pessoas – mais que o total combinado de todos os surtos prévios.

A doença espalhou-se por boa parte da Guiné, Libéria e Serra Leoa, matando dezenas de assistentes de saúde e prejudicando economias que se recuperam de anos de conflitos.

As epidemias na Nigéria e no Senegal parecem ter sido contidas até o momento, mas as nações da região temem o contágio e, contrariando o conselho dos especialistas, fecharam as suas fronteiras e restringiram as viagens, complicando os esforços internacionais para combater a doença.

“Tenho confiança de que as projecções mais sombrias não se concretizarão”, afirmou o director do CDC, doutor Thomas Frieden, aos repórteres. A pior das hipóteses pressupõe haver 2,5 vezes o número de casos registados, actualmente 5.684.

“Um grande empenho agora pode acabar com a epidemia. Se se isolar eficazmente um número suficiente de pessoas, a epidemia pode ser detida”, declarou Frieden.

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