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EUA põem Vaticano na lista onde a lavagem de dinheiro “preocupa”

O Vaticano apareceu pela primeira vez numa lista do Departamento de Estado dos EUA relativa aos centros de lavagem de dinheiro, embora não seja considerado de alto risco.

O Relatório de Estratégia Internacional de Controle de Narcóticos, uma publicação anual, foi divulgado, Quarta-feira, com 190 países incluídos em três categorias: maior preocupação, preocupação e monitorados.

O Vaticano está na segunda categoria, ao lado de 67 outros países, como Polónia, Egito, Irlanda, Hungria e Chile.

O Estado pontifício, menor país do mundo, entrou na lista por ser considerado vulnerável à lavagem de dinheiro, apesar de ter recentemente estabelecido medidas contra a prática, segundo uma funcionário do Departamento de Estado.

“Ser considerada uma jurisdição de preocupação meramente indica que há uma vulnerabilidade do sistema financeiro a quem lava dinheiro. Com os grandes volumes de divisas internacionais que passam pela Santa Sé, é um sistema que o torna vulnerável como potencial centro de lavagem de dinheiro”, disse Susan Pittman, do órgão do Departamento de Estado que cuida do combate internacional a narcóticos.

O Vaticano realizou, mês passado, reformas jurídicas para adequar-se às regras internacionais contra crimes financeiros, e o país agora busca a sua inclusão numa “lista branca” da Comissão Europeia.

Uma decisão sobre isso é esperada para Junho. “A nossa meta é entrar para a ‘lista branca’, e estamos felizes por termos sido colocados na categoria menos vulnerável do Departamento de Estado”, disse uma fonte do Vaticano, pedindo anonimato.

A categoria dos centros mais vulneráveis inclui países desenvolvidos, como Alemanha, Itália, Rússia e os próprios EUA, por causa do tamanho das suas economias e sistemas bancários, o que supostamente facilita a lavagem de dinheiro.

Constam também pequenos centros financeiros, como as ilhas do canal da Mancha pertencentes à Grã-Bretanha.

A metodologia do Departamento de Estado difere da adoptada pelo Grupo Internacional de Revisão da Cooperação (GICR), da Força-Tarefa de Acção Financeira, que foca o cumprimento dum país às leis e regulamentos financeiros internacionais.

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