Os Estados Unidos disseram, esta quinta-feira (1), que ofereceram ajuda à Nigéria na sua busca por cerca de 200 meninas sequestradas por militantes islâmicos numa escola no nordeste do país, situado no oeste da África.
“Estamos envolvidos em conversas com o governo nigeriano sobre o que poderíamos fazer para ajudar nos seus esforços para encontrar e libertar essas jovens mulheres”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, no contato diário com a imprensa.
“Nós vamos continuar a ter essas conversas e ajudar de qualquer modo que pudermos.” Homens armados suspeitos de serem do movimento islâmico radical Boko Haram invadiram a 14 de Abril uma escola secundária de meninas na aldeia de Chibok, no Estado de Borno, colocaram as adolescentes em caminões e desapareceram em direcção a uma área remota na fronteira com o Camarões.
O sequestro ocorreu no mesmo dia em que a explosão de uma bomba, também atribuída ao Boko Haram, matou 75 pessoas na periferia da capital, Abuja, no primeiro ataque contra a capital em dois anos. Mas a brutalidade da acção na escola chocou os nigerianos, já acostumados há muito tempo a ouvir falar de atrocidades relacionadas a insurgência islamista que dura cinco anos e está cada vez mais sangrenta.
O Boko Haram é agora visto como a principal ameaça de segurança à Nigéria, principal produtor de energia da África. Marie não entrou em detalhes sobre o tipo de assistência que Washington está a oferecer, mas disse: “Nós sabemos que o Boko Haram está activo na área e temos trabalhado em estreita colaboração com o governo nigeriano para a capacitação na luta contra essa ameaça.”
Separadamente, um grupo de senadores norte-americanos apresentou uma resolução condenando o sequestro e pedindo ajuda do governo dos EUA no esforço de resgate.
“Os EUA e a comunidade internacional devem trabalhar com o governo nigeriano para garantir que essas meninas voltem a suas casas e aprofundar os esforços para combater a crescente ameaça representada pelo Boko Haram”, disse o senador Chris Coons, de Delaware, presidente do Subcomitê de Assuntos Africanos no Senado, e um dos seis patrocinadores da resolução.