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EUA e Israel anunciam saída da Unesco por viés anti-israelita

Os Estados Unidos da América e Israel anunciaram nesta quinta-feira que deixarão a UNESCO, agência de educação e cultura da ONU, em consequência do que o Governo de Donald Trump afirmou ser um viés anti-israelita por parte da organização.

A saída dos Estados Unidos, que são responsáveis por fornecer um quinto do financiamento da UNESCO, representa um grande golpe para a organização sediada em Paris, que foi fundada depois da 2ª Guerra Mundial para ajudar a proteger patrimónios culturais e naturais em todo mundo.

A Unesco é conhecida principalmente por designar os locais considerados Patrimónios Mundiais, como a cidade histórica síria de Palmira e o Parque Nacional do Grand Canyon, nos Estados Unidos.

Essa decisão não foi tomada facilmente, e reflete as preocupações dos EUA com crescentes contas atrasadas na UNESCO, a necessidade de reformas fundamentais na organização e o contínuo viés anti-Israel”, disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Heather Nauert em comunicado.

Horas depois, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que Israel também deixará a organização, e chamou a decisão dos EUA de “corajosa e moral”.

A Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lamentou a decisão dos EUA. “Após receber notificação oficial do secretário de Estado dos EUA, sr. Rex Tillerson, como diretora-geral da Unesco eu quero expressar meu profundo lamento com a decisão dos Estados Unidos da América de se retiraram da Unesco”, disse a diretora-geral da agência, Irina Bokova, em comunicado.

A diretora-geral acrescentou que a decisão dos EUA representa uma perda para o multilateralismo e para a família ONU.

Os Estados Unidos já haviam cancelado em 2011 a sua substancial contribuição financeira para a UNESCO em protesto contra decisão da agência de conceder ao palestinos o status de membros plenos. Os EUA e Israel estão entre os apenas 14 de 194 países membros da organização que votaram contra a admissão dos palestinos.

O governo norte-americano não paga os seus 80 milhões de dólares anuais desde então, o que significa uma conta acumulada que supera os 500 milhões de dólares. Apesar de Washington apoiar um futuro Estado palestino independente, o governo dos EUA diz que são necessárias negociações de paz para a sua formação, e considera prejudicial ao processo que organizações internacionais admitam os palestinos antes da conclusão das negociações.

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