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EUA e China antecipam metas a 10 dias da reunião do clima em Copenhague

Depois dos Estados Unidos, a China anunciou na quinta-feira pela primeira vez uma meta objectiva de redução de suas emissões de gases que provocam o efeito estufa e assim os dois principais países poluentes do planeta dão um grande impulso à conferência mundial de 10 dias sobre a mudança climática em Dezembro, em Copenhague.

A China anunciou na quinta-feira a intenção de reduzir até 2020 a intensidade de suas emissões de gases que provocam o efeito estufa em 40 a 45% por unidade do PIB em relação ao nível de 2005, apresentando pela primeira vez metas para a luta contra o aquecimento global. “É uma acção voluntária adoptada pelo governo chinês em função das condições do país e uma contribuição importante aos esforços mundiais para lutar contra a mudança climática”, afirma um comunicado do Conselho de Estado (governo) citado pela agência oficial Nova China.

A decisão foi anunciada um dia depois da revelação de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajará para a reunião de cúpula sobre o clima de Copenhague, que começa dentro de 10 dias, onde anunciará que seu país está disposto a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 17% até 2020, em 30% até 2025 e em 42% até 2030, todas as metas em comparação aos níveis de 2005.

Barack Obama decidiu comparecer, no dia 9 de Dezembro, à grande conferência da ONU, numa decisão aparentemente destinada a dar um impulso à conferência destinada a elaborar um tratado que substituirá o protocolo de Kyoto contra o aquecimento climático, embora esteja confrontada a interesses dificilmente conciliáveis dos principais protagonistas – das grandes nações industrializadas aos países em desenvolvimento, passando por potências emergentes como China e Índia.

Pequim também anunciou na quinta-feira que o primeiro-ministro Wen Jiabao representará a China na reunião internacional contra o aquecimento global de Copenhague. China e Estados Unidos são os dois maiores poluentes do planeta. Em Setembro, o presidente chinês Hu Jintao se comprometeu a reduzir o crescimento das emissões de CO2 do país por ponto de Produto Interno Bruto (PIB) – intensidade de emissões carbônicas – “de forma considerável” até 2020, mas sem revelar dados precisos.

O Brasil, o quarto emissor mundial de gases estufa, foi o primeiro país a propor, em meados de Novembro, reduções concretas de suas emissões, de 36% a 39% até 2020. Metade deste esforço será cumprido com uma redução de 80% do desmatamento da floresta amazónica. Na quinta-feira, os presidentes do Brasil, Venezuela, Guiana e França, assim como representantes dos outros países amazónicos, se reúnem em Manaus para elaborar uma proposta conjunta a ser levada a Copenhague, com o objectivo de salvar a maior floresta tropical do planeta.

A França participa no encontro por ter um território na Amazónia, a Guiana francesa. Os países da Comunidade Britânica (a Commonwealth) também fixarão uma posição comum para a conferência de Copenhague, em uma cúpula que será realizada nesta sexta-feira, em Porto Espanha, com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

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