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Estudo vai analisar a cobertura dos jornais moçambicanos acerca do HIV e Sida

Resultado de uma parceria entre a Agências de Noticias de Resposta ao SIDA e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, esta pesquisa pretende comparar a quantidade e a qualidade das informações publicadas nos jornais entre os períodos de Novembro de 2008 a Abril de 2009 e Novembro de 2009 a Abril de 2010.

Serão analisados sete jornais, que ainda não podem ser identificados, mas que têm grande representatividade nacional. Alguns deles são diários, outros semanários, de direcção editorial pública e privada. A abordagem sobre o HIV e Sida entre as crianças receberá uma análise especial.

Estudo mostra que a cobertura sobre HIV e Sida é baixa na Rádio e TV de Moçambique A Rádio e a TV de Moçambique, dois dos principais veículos de comunicação do país, tiveram uma baixa cobertura sobre HIV e Sida em 2007, segundo a análise de um trabalho do fim do curso de Jornalismo da Universidade Eduardo Mondlane.

Conduzida pelo jornalista Ivan Mauro Zacarias e supervisionada pela professora Maria Cremilda Massingue, a pesquisa avaliou a programação do Jornal da Tarde e Jornal da Noite, da Rádio Moçambique (RM), e o Primeiro Jornal e o Telejornal, da Televisão de Moçambique (TVM).

Das mais de 13.100 notícias divulgadas pela RM no referido ano, apenas 179 foram sobre HIV e Sida, o que corresponde a 1.3 por cento. Na TVM, 86 notícias abordaram este tema, de um total de quase 5.300, o que representa 1.6 por cento. Quase todas as notícias (97 por cento), em ambos os veículos, foram orientadas para eventos, decisões governamentais e financiamentos, enquanto apenas três por cento exploraram mais afundo o assunto em questão e a relação dele com a epidemia da Sida.

Outro agravante encontrado foi que 68 por cento das notícias da RM e 75 por cento da TVM eram associadas à morte. O estudo foi dividido em cobertura nacional e internacional, sendo que a primeira foi bem maior, com 61 por cento das notícias da RM e 88 por cento da TVM.

Entre os assuntos nacionais, o conteúdo mais abordado foi à prevenção, com 24 por cento das notícias da RM e 20 por cento da TVM; seguidos por Resultados de Sondagens, com 18 por cento da RM e 20 por cento da TVM. Nos internacionais, o assunto “ajuda de pessoas” ocupou 24 por cento das notícias da RM e 78 por cento da TVM.

Nenhum dos veículos abordou a relação de figuras públicas que se assumiram com HIV e Sida. O governo apareceu como actor principal das notícias, sendo fonte para 26 por cento das notícias da RM e 37 por cento da TVM. De acordo com o estudo, as pessoas que se auto-declararam vivendo com HIV e SIDA nunca foram ouvidas pela RM, e na TVM representaram apenas três por cento das notícias sobre o tema. Agência de Notícias de Resposta ao SIDA

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