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Estudo relacionando vacina a autismo era fraude

O dr. Andrew Wakefield, o médico britânico que publicou estudos ligando vacinas com autismo e acabou caindo em desgraça, cometeu uma “fraude elaborada” ao falsificar dados, afirmou, quarta-feira, a British Medical Journal.

 

 

Os editores da publicação disseram não ser possível que Wakefield tenha cometido um erro e que ele deve ter falsificado dados para seu estudo, o qual convenceu milhares de pais de que as vacinas são perigosas, facto que motivou o avanço de surtos de caxumba e sarampo.

A publicação, conhecida por suas iniciais, BMJ, endossou suas afirmações com uma série de artigos de um jornalista que se valeu de registros médicos e entrevistas para mostrar que Wakefield falsificou dados.

A reportagem descobriu, por exemplo, que Wakefield, que incluiu informações de apenas 12 crianças em sua pesquisa, estudou pelo menos 13 e diversas mostraram sintomas de autismo antes de terem sido vacinadas.

O temor de que a vacinação pudesse causar autismo levou pais a deixarem de lavar as crianças para receber as doses e também resultou em custosas reformulações de várias vacinas.

“Quem perpetrou essa fraude? Não há dúvida de que foi Wakefield”, disseram a editora da BMJ, dra. Fiona Godlee, a subeditora Jane Smith e o editor associado Harvey Marcovitch em um artigo, disponível no site here Em 1998, a publicação médica The Lancet, rival da BMJ, apresentou um estudo de Wakefield e colegas relacionando a vacina Tríplice Viral-MMR (contra sarampo, caxumba e rubéola) com o autismo.

Os outros pesquisadores retiraram o seu nome do estudo e a Lancet se retratou formalmente em sua edição impressa, em fevereiro. Wakefield nega as acusações.

“O estudo não é uma mentira. As descobertas que fizemos foram reproduzidas em cinco países”, disse Wakefield à TV CNN, quarta-feira.

Um painel disciplinar do Conselho Geral Médico Britânico afirmou em fevereiro passado que Wakefield havia apresentado sua pesquisa de modo “irresponsável e desonesto” e levou a profissão médica ao descrédito.

A editora Godlee e colegas afirmaram que o trabalho “foi baseado não em má ciência, mas em fraude deliberada.”

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