Um grupo de estudantes bolseiros amotinou-se nesta sexta-feira(13), em Maputo, contra o reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição do ensino superior em Moçambique, por sido excluído num projecto de distribuição de computadores.
O projecto, iniciado em 2010, comtempla todos os bolseiros da UEM, excepto os que ingressaram em 2012, sendo este o grupo dos amotinados. A manifestação ocorreu durante a entrega de mais de 1.000 computadores aos bolseiros de 2013 a 2015, efectuada pelo reitor e os patrocinadores da iniciativa designada por “Um estudante Um computador”.
O representante dos excluídos, Clodoaldo Castiano, disse que o seu grupo considera injusta a actuação da reitoria da UEM, pelo facto de marginalizar os bolseiros ingressados em 2012. “Não obtivemos nenhuma resposta quando submetemos a carta ao magnífico reitor da UEM, desde o ano de 2012 esperamos que a iniciativa: Um estudante, Um computador nos abranja, mas a escola sempre disse-nos que não os tinha disponível, nos surpreende negativamente o facto de vermos que não era a falta do material, mas sim a desigualdade e a exclusão na UEM”, disse.
Sobre o assunto, o reitor da UEM, Orlando Quilambo limitou-se apenas a afirmar que a sua instituição não tem nenhuma obrigação de oferecer computadores aos estudantes, mas sim condicionar um bom ambiente e eficiência do processo de ensino e aprendizagem. “O regulamento dos bolseiros não prevê oferta de computadores aos estudantes, mas sim a garantia de um ambiente academicamente qualificado para os estudos. A oferta de computadores constitui apenas um privilégio para os comtemplados”, explicou.
Disse ainda que os estudantes deveriam pautar por uma conduta serena e respeitarem os seus superiores hierárquicos, sabendo se colocar no seu lugar e expondo as suas inquietações em fóruns próprios.
