As obras de reabilitação e asfaltagem do troço Nampula – Cuamba, na zona norte de Moçambique poderão iniciar no primeiro trimestre do próximo ano, revelou hoje, o Ministro das obras públicas e habitação, Felício Zacarias, durante a abertura do XVII Conselho Coordenador da sua instituição.
Segundo Zacarias, o estudo de viabilidade, para a reabilitação desta estrada, actualmente em estado avançado de degradação, foi concluído no ano passado. A mesma e’ considerada de espinha dorsal para o desenvolvimento integrado da região norte do país. “Finalizamos o estudo de viabilidade para a reabilitação da Estrada Nampula-Cuamba, mas as obras não podem iniciar este ano, porque temos compromissos com os nossos parceiros. Fizemos todo o esforço para concluir no ano passado todo o trabalho de consultoria, para vermos se conseguíamos começar com as obras este ano (2009)” explicou.
“Tentamos fazer uma parceria entre empresas chinesa e uma moçambicana para ver se aceleravam todo o processo de consultoria, mas não foi possível, por isso, a obra de reabilitação e asfaltagem desta estrada vai iniciar apenas no primeiro trimestre do próximo ano” acrescentou.
Zacarias não avançou mais detalhes sobre o estudo de viabilidade e nem o investimento necessário para a empreitada, tendo apenas garantido que as obras vão arrancar no primeiro trimestre de 2010. Refira-se que em 2006, Felício Zacarias teria dito estava em curso um estudo de viabilidade para avaliar os custos da reabilitação e asfaltagem da estrada Nampula/Cuamba.
Inicialmente, o Governo previa o início das obras em finais de 2007, facto que não ocorreu, alegadamente porque o estudo de viabilidade, exigido pelos doadores para o desembolso dos valores, ainda não estava pronto. A reabilitação e asfaltagem desta via vai contribuir para o melhoramento da circulação de pessoas e bens nas províncias de Nampula e Niassa, que actualmente dependem única e exclusivamente do comboio de passageiros que circula, de forma deficiente, na linha férrea do Corredor de Nacala.
Durante o seu discurso, Zacarias disse ainda que o país tem vindo a registar, nos últimos anos, uma melhoria significativa na transitabilidade de estradas, graças a várias intervenções de reabilitação e manutenção de estradas, incluindo a construção de pontes.
Com relação a Estrada Nacional Número Um (EN1), o ministro referiu que “depois de concluirmos a primeira fase, estamos neste momento a iniciar a segunda fase de reabilitação de outros troços desta estrada tão importante para a vida económica e social do nosso país”. “Com efeito, já iniciamos com as obras de reabilitação dos troços Massinga/Nhachengue e Xai-Xai/Chissibuca, cuja primeira pedra para esta última, lançamos, justamente, aqui, em Chidenguele, enquanto que as obras de reabilitação do troço Jardim/Benfica arrancam no próximo mês de Julho” continuou.
Num outro desenvolvimento, Felício Zacarias debruçou-se sobre a questão da água e saneamento do meio, tendo dito que ao longo deste quinquénio, prestes a terminar, foram concluídas as obras de reabilitação e expansão dos sistemas de abastecimento de água das cidades de Maputo, Beira, Dondo, Quelimane, Nampula, Pemba e Moatize.
Por outro lado, foi concluída a primeira fase de reabilitação e expansão dos sistemas de abastecimento de água das cidades de Xai-Xai, Chókwè, Inhambane e Maxixe. “E estamos a finalizar as acções de emergência nas cidades de Chimoio e Gondola” apontou.
O ministro revelou que de 2004 a esta parte, o Governo construiu e reabilitou 8.654 fontes de água nas zonas rurais, o que corresponde a um índice de realização superior ao planificado. Igualmente, foram reabilitados 91 pequenos sistemas de abastecimento de água. Assim, a cobertura de abastecimento de água à população vivendo nas zonas rurais evoluiu de 40 por cento, em 2004 para 51.8 por cento em 2009, servindo actualmente 8.2 milhões de pessoas.
O XVII Conselho Coordenador do MOPH decorre até a próxima quarta-feira sob o lema “Vamos construir hoje as obras do amanhã”. O encontro de três dias conta com quadros do MOPH a todos os níveis afectos aos sectores de estrada, habitação e urbanização, bem como de águas.