O Estado Islâmico expandiu consideravelmente o seu controle sobre territórios na Líbia e o grupo militante alega ser a principal defesa para o Estado norte-africano contra intervenção militar estrangeira, informaram monitores de sanções da Organização das Nações Unidas.
Num relatório anual ao Conselho de Segurança da ONU, divulgado na quarta-feira, os monitores também informaram que a Líbia se tornou mais atrativa para militantes estrangeiros, que chegam principalmente pelo Sudão, Tunísia e Turquia.
Os Estados Unidos da América conduziram ataques aéreos na Líbia tendo como alvo o Estado Islâmico. Um ataque aéreo norte-americano na cidade de Derna, em Novembro, matou o antigo líder do Estado Islâmico na Líbia, conhecido como Abu Nabil.
Os especialistas da ONU também disseram ter recebido informações sobre a presença de exércitos estrangeiros na Líbia apoiando a luta contra o Estado Islâmico, mas não nomeou os países, à medida que ainda investiga.
“A ascensão do Estado Islâmico na Líbia tem probabilidade de aumentar o nível de interferência internacional e regional, que pode provocar maior polarização, caso não seja coordenado”, disseram os especialistas da ONU que monitoram sanções na Líbia.
“O Estado Islâmico vem espalhando uma narrativa nacionalista, se mostrando como o mais importante bastião contra a intervenção estrangeira.”