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Estado argentino pede 25 anos de prisão para ex-ditador Bignone

O Estado argentino pediu 25 anos de prisão para o ex-ditador Reynaldo Bignone e outros cinco generais por crimes de lesa humanidade durante o último regime militar (1976-83), informou na quinta-feira uma fuente judicial.

Os militares são acusados de 25 desaparecimentos forçados, dezenas de invasões, revistas ilegais e roubos cometidos no quartel militar do Campo de Mayo, um dos principais centros clandestinos de detenção de regime, na periferia oeste de Buenos Aires. Ciro Annichiarico, advogado da Secretaria de Direitos Humanos da Nação, pediu as condenações ao concluir sua alegação perante o Tribunal Oral Federal 1 de San Martín.

Bignone, de 81 anos, que atualmente cumpre prisão domiciliar, assumiu a presidência de fato (1976-1983) em julho de 1982, já no período final da ditadura militar, após a derrota na guerra das Malvinas contra o Reino Unido. O acusado entregou a presidência em dezembro de 1983 ao social-democrata Raúl Alfonsín (1983-89), eleito nas urnas.

Ainda pesam contra o general outras acusações, uma por roubo de filhos de desaparecidos e outra por sequestros e torturas de médicos e enfermeiros de um hospital da periferia oeste de Buenos Aires. Pelos crimes no Campo de Mayo, junto com Bignone estão sendo indiciados cinco ex-chefes militares, entre eles os generais reformados Fernando Verplaetsen, de 84 anos, e Santiago Omar Riveros, de 83.

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