A Espanha, a Organização das Nações Unidas (ONU) e Portugal figuram na lista de 13 membros do G-19 (grupo dos 19 doadores ex- ternos maiores financiadores do Orçamento do Estado e projectos de desenvolvimento sócio-económico de Moçambique) que reduziram, de forma drástica, o volume total de ajuda desembolsada ao país para 2013.
A Espanha reduziu a sua ajuda em 65%, enquanto Portugal e a ONU reduziram as suas prestações em 54%. Estes dados vêm contidos na tabela do relatório do volume total de ajuda desembolsada a Moçambique entre 2012 e 2013 pelos Parceiros de Apoio Programático (PAPs) e membros associados.
Para 2013, o volume da ajuda desembolsado foi no montante global de 1.729 mil milhões de dólares, contra 1.728 mil milhões de dólares de 2012, representando um ligeiro incremento estimado em 0,1%.
Estão na lista dos doadores que reduziam seu apoio a Moçambique os Estados Unidos da América (EUA), Áustria, Finlândia, Países Baixos, Noruega, Alemanha e DFID, que é uma instituição governamental do Reino Unido, segundo conclusões da reunião final de avaliação do desempenho do Governo e doadores externos no que respeita a desembolsos e formas de uso do dinheiro de apoio pelo Governo, havida na última sexta-feira, em Maputo.
Segundo a mesma avalição, num contexto da crise financeira internacional, este incremento no fluxo da ajuda externa evidencia “o alto nível de confiança dos parceiros sobre Moçambique”.
O documento evidencia, contudo, um decréscimo notável da contribuição pro- videnciada pelos membros associados em cerca de 107 milhões de dólares, ou seja, redução correspondente a 19% do total da ajuda desembolsada. Excluindo os membros associados, o volume total desembolsado pelo G-19 incrementou em 108 milhões de dólares correspondente ao aumento em 9%.