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Espanha 1 – Portugal 0, Fúria Roja vence duelo ibérico

Espanha 1 – Portugal 0

No duelo ibérico mais importante da história recente, a criatividade prevaleceu sobre a eficiência defensiva, a Espanha dominou Portugal durante todo o jogo na Cidade do Cabo e, se venceu por apenas 1 a 0 esta terça-feira, foi porque o guarda-redes Eduardo evitou um resultado maior.

David Villa marcou o golo que garantiu a classificação, o seu quarto no Mundial, e juntou-se ao argentino Higuaín e ao eslovaco Vittek como os melhores artilheiros do torneio. Após um início mau na competição, com derrota frente a Suíça, a Espanha está em claro ascendente e no jogo dos oitavos de final já teve um desempenho mais compatível com o seu status de campeã europeia.

Diante do óptimo desempenho defensivo de Portugal neste Mundial, os espanhóis entraram em campo dispostos a não dar tempo para o adversário respirar, em 12 minutos tiveram 70% de posse de bola e remataram quatro vezes a baliza obrigando o guarda-redes Eduardo a aplicar-se a fundo.

A defesa lusa cometia erros de marcação, permitindo até que Torres recebesse um passe rasteiro, na sequência de um canto, virasse para rematar sem dominar a bola. Até então apagado na competição, o atacante do Liverpool ainda sofreu um penalti não marcado, numa das vezes em que disputou o um para um com Fábio Coentrão. A tela no estádio quase exibiu o replay, mas alguém deve ter se da polémica no jogo entre a Argentina e o México e cortou tirou do ar.

Portugal saia mal para o ataque, o que levou até Pepe a discutir com Eduardo, pedindo que o guarda-redes não desse mais remates longos para frente. O meio campo pouco criava, e no ataque Cristiano Ronaldo era bem marcado, irritando-se com a arbitragem de Hector Baldassi, que deixava o jogo correr. Simão foi uma figura nula no jogo e Hugo Almeida tentava dar luta aos defensores espanhóis, mas sozinho não conseguia criar perigo para Casillas.

Na passagem da meia hora de jogo a seleção dos navegadores começou a testar a segurança de Casillas, primeiro num remate de Tiago e depois através de um livre, a meio do meio campo, bem marcado por Cristiano Ronaldo.

Perto do intervalo um bom cruzamento da esquerda para a área onde Hugo Almeida não cabeceou bem e, no ressalto, Tiago rematou forte mas para fora.

Para a segunda a Espanha voltou com a sua tradicional paciência, trocando a bola e sempre a procura de de criar perigo a baliza de Eduardo. Mais preocupado em defender, Portugal conseguiu apenas uma jogada isolada aos seis minutos, em que Puyol desviou com o joelho um cruzamento de Hugo Almeida da esquerda, e quase marcou na própria baliza.

Vicente del Bosque trocou Torres por Llorente, e Carlos Queiroz substituiu Hugo Almeida por Danny. A Espanha passou a ser mais perigosa, aos 60 minutos um cruzamento de Sergio Ramos da intermediária, Villa arriscou de fora da área e por pouco marcou.

Até que aos 63 minutos, bem ao estilo da Fúria Roja, uma rápida troca de passes, com o maetro Xavi de calcanhar a deixar para David Villa, milimetricamente adiantado ao últimos defesas portugueses, remata para primeira defesa de Eduardo, e no ressalto atirou para o fundo das redes lusas. Esta foi a primeira jabulani que Eduardo foi buscar ao fundo da sua baliza em todo o Mundial de 2010.

Mesmo em desvantagem no placar, os navegadores lusos, pouco fizeram até o fim do jogo para chegar ao empate. Foram os espanhóis, na verdade, quem esteve mais perto do segundo, que só não marcou porque Eduardo não deixou, primeiro defendendo um remate cruzado de Sergio Ramos e com um palmada cortou mais uma bomba de Villa.

Exímios em manter a posse de bola, os espanhóis praticamente colocaram na roda os portugueses até ao apito final, antes ainda houve um cartão vermelho para Ricardo Costa, por haver atingido a face de Capdevilla.

Agora a Espanha vai enfrentar o Paraguai nos quartos de final, este sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.

Portugal, que sempre contou com grande claque na Àfrica do Sul, onde se incluem muitos moçambicanos, despede-se da África do Sul após sofrer um único golo em quatro jogos.

Xavi foi eleito o melhor do jogo e Cristiano Ronaldo foi prejudicado pela falta de ousadia da equipa tendo tido uma atuação decepcionante.

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