Doze escultores que trabalham para uma associação denominada “Galeria Estrutura e Arte Macua”, nos arredores da cidade de Nampula, ameaçam abandonar a prática daquela arte, devido ao agravamento da taxa semanal exigida pelo mentor daquele projecto cultural.
O projecto foi concebido por um cidadão, identificado pelo nome de Carlos Armindo da Silva, que teria estabelecido o valor de 1200 meticais para os escultores usarem a galeria de artes, mas, volvidos alguns meses, o mesmo passou a cobrar o dobro, facto que está a gerar desconforto no seio daqueles fazedores de arte.João Eduardo, escultor com 20 anos de experiência, considera que o agravamento da taxa semanal só irá prejudicar os artistas que a escultura é a sua única fonte de rendimento. Os escultores dizem não ter outra alternativa, senão abandonar o projecto.
Carlos da Silva reitera que não vai recuar da decisão, por alegadamente estar a sofrer uma pressão por parte dos proprietários das instalações que exigem, igualmente, a subida do valor de arrendamento do espaço, onde se encontra instalado o projecto.
De referir que aqueles escultores prometeram deixar de exercer as suas actividades naquele projecto, dentro de três semanas, caso não haja qualquer consenso entre as partes.