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Escritor Borges Coelho distinguido

O escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho foi, esta Segunda-feira (17), distinguido com o doutoramento ‘honoris causa’ da Universidade de Aveiro (UA) “pelo seu percurso académico de reconhecido mérito e, em simultâneo, de criador artístico, enquanto escritor”.

A distinção, que aconteceu durante a cerimónia comemorativa do 39º aniversário da UA, contou com a presença da vice-ministra da Educação de Moçambique, Leda Florinda.

O escritor e historiador moçambicano foi apadrinhado pelo seu conterrâneo Eugénio Lisboa, que sublinhou que o homenageado “nada tem a aprender com ninguém e muito tem a inspirar quem o ler”.

“João Paulo Borges Coelho é de uma assentada historiador – logo investigador –, fabulista, mestre contador de histórias e grande escritor, isto é, de uma impressionante mestria de escrita”, descreveu o ensaísta e crítico literário moçambicano.

Eugénio Lisboa adiantou ainda que, com esta distinção, a UA “não se limita a coroar a obra já feita, antes aposta, com convicção, na obra futura que o talento e o poder criador de João Paulo Borges Coelho continuam a prometer”.

João Paulo Borges Coelho, de 57 anos, nasceu no Porto, mas cedo veio viver com os pais para Moçambique, adquirindo a nacionalidade deste país. Doutorou-se em História Económica e Social pela Universidade de Bradford, no Reino Unido, e tem uma licenciatura em História, pela Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (Moçambique), onde dá aulas.

O escritor e historiador tem dedicado o seu trabalho académico à investigação das guerras colonial e civil em Moçambique. Para além da história, João Paulo Borges Coelho abraça, desde há alguns anos, um projecto literário baseado na construção ficcionada de realidades presentes e passadas de Moçambique, um trabalho que empreende sempre com a ajuda da bagagem científica que carrega.

A sua bibliografia compreende já nove volumes, a maior parte dos quais de ficção, destacando-se no panorama das literaturas do espaço da lusofonia.

O seu primeiro livro, “As duas sombras do rio”, foi lançado em 2003. A este seguiu-se “As visitas do Dr. Valdez”, um romance que ganhou a edição de 2005 do prémio literário José Craveirinha. Em 2009, o autor ganhou a segunda edição do prémio Leya com o livro “O olho de Herzog”.

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