Cerca de 200 pessoas, maioritariamente jovens, estudantes e membros da sociedade civil foram integradas, nos últimos três anos, nas escolas de formação em matérias democracia em Moçambique.
Segundo Hermenegildo Mulhovo, director nacional do Instituto Holandês para a Democracia Multipartidária (NIMD), nesta primeira fase, o projecto abrange apenas três províncias, nomeadamente, Maputo, Manica e Nampula, devendo num futuro próximo, cobrir todas as cidades municipais do centro e norte.
O NIMD investe cerca de 700 mil euros anualmente, o equivalente a mais de 29 milhões de meticais, na promoção da democracia no país, bem como no fortalecimento do diálogo interinstitucional no seio dos partidos políticos com representação parlamentar (Frelimo, Renano e MDM), para uma coesão na vida política do país.
Mulhovo disse que as acções de promoção da segurança e gestão de conflitos políticos, sobretudo nos momentos eleitorais, incluem ainda a formação dos agentes da Polícia da República de Moçambique, profissionais de comunicação social, membros dos partidos políticos e da sociedade civil.
Uma das últimas etapas de formação para o presente ano teve lugar esta semana em Nampula, com o envolvimento de jornalistas, delegados dos partidos políticos, artistas musicais, representantes das organizações não-governamentais e agentes da Lei e Ordem.
De acordo com o nosso entrevistado, a acção está enquadrada num vasto projecto de capacitação dos diferentes actores políticos, denominado BRIDGE (Building Resorurces in Democracy Governating an Election) implementado em vários países do mundo, incluindo Moçambique.
Desde a sua a introdução em 2000, o BRIDGE já promoveu um total de 931 cursos em diferentes módulos, cobrindo um universo de 18.680 pessoas de 93 nações e alberga uma rede de 750 facilitadores em 11 línguas em todo o mundo.
