O processo de pagamento de pensões de reforma e de invalidez a cerca de 2300 antigos sócios do Montepio de Moçambique deverá ser concluído até Março de 2012, segundo uma fonte governamental moçambicana.
O valor global a ser processado não é oficialmente conhecido, alegadamente, porque o Governo quando extinguiu o Montepio de Moçambique, em 1975, não prestou a devida atenção conducente à conservação de todos os dados documentados de valores descontados a cada um daqueles antigos sócios, segundo João Cumbane, membro do grupo criado para pressionar o Governo a ressarci-los os descontos feitos pelo Governo colonial português durante a sua dominação a Moçambique.
A exigência vem sendo feita pelo grupo desde a venda do Montepio a privados e sua transformação em Banco Popular de Desenvolvimento (BPD), mais tarde designado Banco Austral quando a instituição foi vendida pelo Estado a investidores malaios, tendo estes, por má gestão, a abandonado com dívidas resultantes de créditos malparados, cuja cobrança está a ser feita até ao momento através do juízo das execuções fiscais.
Posteriormente, o Banco Austral deu lugar ao actual Barclays.
Monitoramento
Entretanto, a mesma fonte do Ministério das Finanças garante estar a “monitorar todo o processo de encerramento do pagamento de pensões aos ex-sócios do Montepio de Moçambique até finais do mês de Março do ano corrente”.
A mesma fonte não indica o valor global a ser processado, mas há cerca de dois anos aquele departamento governamental moçambicano revelou estar a ser pago o montante total de cerca de 40 milhões de meticais, valor que é tido pelos beneficiários de “injusto” por ser irrisório relativamente ao descontado para o Montepio de Moçambique, segundo ainda Cumbane.
Os descontos destinavam-se a pensões de reforma e de invalidez e ainda para habitação, entre outros benefícios sociais.