O nível de crescimento médio das empresas moçambicanas da indústria manufacteira foi negativo no período compreendido entre 2006 e 2011devido à dificuldades/falta de acesso ao crédito bancário, à terra nas zonas urbanas e concorrência ilegal entre elas e com as dos países vizinhos.
A situação levou ao encerramento de muitas delas, sobrevivendo apenas 216, “e mesmo estas vão declarar ou estão declarando falência técnica por não suportarem os problemas financeiros que estão a enfrentar”, avisou Mubarak Abdul Razak, presidente do Pelouro da Indústria, Comércio e Serviços da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Três das sobreviventes fecharam as portas ou mudaram de actividade de produtoras para importadoras, segundo ainda Mubarak Razak. O drama concorreu para que, no período acima indicado, uma maior parte das microempresas permanecessem como micros, tendo tornado pequenas 7% delas e 2% como médias.
Dados contidos num documento conjunto da CTA e Ministério de Planificação e Desenvolvimento (MPD) indicam que grande parte das pequenas empresas permaneceu como pequenas, igualmente entre 2006 e 2011, e que 25% das 216 empresas manufactureiras tornaram-se micro e 12% médias.
Avança o documento contendo resultados do inquérito às indústrias manufactureiras que muitas empresas de média dimensão mantiveram-se naquela posição, mas 21% das mesmas tornaram-se pequenas.
Emprego
O sector somente emprega 2,8% da mão-de-obra e introduziu muito poucos produtos novos na metade do século passado, para além de não haver dados elucidativos sobre a produtividade do sector em Moçambique.
O inquérito abrangeu 761 micro, pequenas e médias empredas seleccionadas nas províncias de Maputo, Gaza, Manica, Sofala, Tete e Nampula e ainda na cidade de Maputo. Daquele número de empresas inquiridas 22% são informais.