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Emmy exalta velhos favoritos na TV e ofusca programas novatos

Apesar de todo o clamor gerado pelas novas séries da televisão, o sector escolheu conceder os seus principais prémios Emmy aos programas mais antigos, como “Breaking Bad” e “Modern Family”, e aos actores veteranos da televisão que conseguiram segurar a disputa contra as estrelas do cinema.

“Breaking Bad”, programa da AMC sobre um professor que vira um traficante de drogas, conquistou as maiores honrarias da noite: o Emmy de melhor série dramática, pelo segundo ano consecutivo, e o seu actor principal, Bryan Cranston, conseguiu o prémio de melhor actor nessa categoria pela quarta vez seguida.

Foi uma votação nostálgica para a série, depois de ela ter sido encerrada na sua quinta temporada com grande aclamação do público. Ela conseguiu superar a antologia da HBO “True Detective”, uma série de suspense com o vencedor do Oscar Matthew McConaughey e também com Woody Harrelson, superado por Cranston na premiação de melhor actor.

“Muito obrigado por esta maravilhosa despedida da nossa série”, disse o criador de “Breaking Bad”, Vince Gilligan, que também celebrou a conquista do Emmy de melhor actor coadjuvante e de melhor actriz, concedidos a Aaron Paul e Anna Gunn, respectivamente.

“Esta é de facto uma época maravilhosa para se trabalhar na televisão”, disse Gilligan. “Acho que todos vocês sabem disso.” “Modern Family”, uma abordagem da ABC sobre as dinâmicas da família contemporânea, venceu o seu quinto Emmy seguido como melhor série de comédia, deixando para trás a comédia de prisão do Netflix, “Orange Is the New Black”, um dos maiores perdedores da noite.

A 66ª comemoração anual do Emmy adoptou um tom mais sereno no fim da noite ao relembrar Robin Williams, o versátil actor e comediante que morreu há duas semanas num aparente suicídio aos 63 anos. Com aparente pesar, o actor Billy Crystal relembrou o enérgico actor como “a estrela mais brilhante na galáxia da comédia” e concluiu: “Robin Williams – um grande conceito”.

Houve bastante risadas durante a maior noite da televisão no ano, com a actriz Julia Louis-Dreyfus apaixonadamente beijando Cranston e até Melissa McCarthy perguntando se seu carro seria guinchado. Questionado sobre o prolongado beijo, Cranston disse: “Não é uma questão de ‘por que?’, e sim uma questão de ‘por que não’”.

“Modern Family” fez história ao empatar com a série da NBC dos anos 1990 “Frasier” com o maior número de vitórias. Embora as grandes redes de televisão aberta não tivessem um concorrente na modalidade de melhor drama, Julianna Margulies levou o prémio de melhor actriz dramática por seu papel em “The Good Wife”, da CBS.

Jim Parsons venceu seu quarto prémio Emmy como melhor actor de comédia pelo papel do jovem nerd na série “The Big Bang Theory”, da CBS, e Louis-Dreyfus conquistou sua terceira estatueta consecutiva do Emmy por interpretar o vice-presidente dos EUA na sátira política da HBO “Veep”.

Noutra premiação de comédia, o comediante Louis C. K. ganhou seu segundo prêmio como autor por “Louie”, do FX, ao passo que o programa de comédia the “The Colbert Report”, que imita o formato de notícias, venceu como melhor programa de variedades pelo segundo ano seguido.

A minissérie “Fargo”, baseada no filme cult dos irmãos Coen, deu ao FX seu primeiro Emmy para um programa, mas actores da aclamada minissérie foram para casa sem prêmios apesar de serem favoritos, especialmente o ator Billy Bob Thornton. “The Normal Heart”, da HBO, conquistou as honras de melhor filme para TV ao descrever o começo da luta contra a Sida.

Uma das grandes surpresas da noite foi “Sherlock: His Last Vow”, que ganhou um total de sete Emmys para a emissora pública PBS, mais do que qualquer outro programa.

Pela primeira vez em cerca de 40 anos, o Emmy não aconteceu numa noite de domingo em setembro, a fim de não entrar em conflito com o MTV’s Video Music Awards e com uma grande transmissão de futebol americano no ano, da NBC, que atrai multidões.

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