Ao contrário do que declararam os treinadores das formações masculinas, os técnicos das equipas femininas acreditam que o basquetebol dos dois países lusófonos, Angola e Moçambique, está no mesmo patamar. Segundo Manuel de Sousa, treinador do conjunto do Inter Clube de Luanda, por sinal campeã em título da Taça dos Clubes Campeões Africanos, o basquetebol moçambicano está ao mesmo nível do de angolano.
“No que ao basquetebol feminino diz respeito, os dois países, Angola e Moçambique, estão no mesmo patamar apesar de a equipa moçambicana não ter conseguido apurar-se para a fase seguinte. No presente as duas selecções são as melhores de África e têm condições para manter este estatuto porque os dois países têm investido nos escalões de formação”.
O problema que o basquetebol feminino moçambicano enfrenta, segundo a nossa fonte, é o mesmo que o angolano atravessa.
“Em Angola também temos o problema da insuficiência de equipas que movimentam o basquetebol, no que tange aos femininos, o que acaba por tirar brilho ao nosso campeonato porque o mesmo é curto”, disse o treinador o Inter Clube para depois acrescentar: “Espero que nos próximos anos surjam equipas em Angola assim como em Moçambique para ajudarem no desenvolvimento da modalidade da bola ao cesto.
Jaime Covilha, treinador da equipa sénior feminina do 1º de Agosto, é da opinião de que “apesar da aparente superioridade das equipas angolanas, o basquetebol dos dois países falantes da língua de Camões está ao mesmo patamar. Moçambique tem jogadoras talentosas e nos últimos anos tem investido mais na formação dos atletas, o mesmo que acontece em Angola. Mas não se pode parar por aqui, temos que continuar a trabalhar para manter este nível”.
Continuando, Covilha declarou que “um dos maiores segredos do basquetebol angolano está no ingresso de jogadores estrangeiros no campeonato, o que torna a competição mais renhida, uma vez que os atletas forasteiros emprestam a sua qualidade ao certame”.
Importa referir que a seleção angolana de basquetebol sénior masculina já ganhou 11 campeonatos africanos em 18 participações, enquanto em femininos conta com apenas dois troféus a nível de África.