Barragens artificiais para acondicionamento da água da chuva para consumo humano e irrigação deverão ser construídas dentro dos próximos anos, segundo uma proposta do Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) a ser submetida para aprovação pela Assembleia da República (AR), ao longo do primeiro semestre de 2010.
Paralelamente à sua elaboração, aquele pelouro tenciona capacitar-se para buscar mercados externos para aquisição da tecnologia apropriada para aquelas obras, segundo Alcinda de Abreu, ministra para Coordenação da Acção Ambiental. Ajuntou que a finalidade é seguir o exemplo de vários países que construíram lagos artificiais devido à saturação das bacias hidrográficas, apontando em seguida que Moçambique enfrenta “graves problemas de salinização das suas águas devido à seca”.
Erosão
Alcinda de Abreu falava esta terça-feira em Maputo durante um seminário sobre género e mudanças climáticas, cujos trabalhos deverão terminar esta quinta-feira. Entretanto, a seca está a afectar seriamente cerca de 300 localidades, segundo dados apresentados naquele encontro, apontando o Sul de Moçambique como a região mais fustigada pela intempérie. A governante indicou, por outro lado, estar em elaboração um plano nacional de contingência para minorar o impacto negativo das mudanças climáticas, com o respectivo orçamento.