Medidas visando controlar a exportação da batata africana, tubérculo que entra no tratamento do HIV/SIDA, estão em estudo por várias instituições governamentais moçambicanas, coordenadas pelos Ministérios para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) e da Saúde (MISAU).
Estas medidas disciplinares serão antecedidas pelo processo de levantamento das reais capacidades produtivas do país da batata africana, “para depois disso elaborarmos um dispositivo legal de controlo da comercialização do produto no exterior, cuja procura ultrapassa as expectactivas”, disse Anselmina Liphola, directora nacional de Gestão Ambiental do MICOA, falando, esta terça-feira, em Maputo, à margem de um encontro de peritos dos Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa (PALOP), em matéria de gestão de recursos naturais.
Liphola não indicou as quantidades da batata africana que estão a ser exportadas informalmente para a África do Sul, de forma particular, “mas admito ser em volumes muito elevados que urge a tomada de medidas para disciplinar a sua exportação, sob pena de o recurso esgotar-se sem antes satisfazer as necessidades nacionais”.
Refira-se, entretanto, que estas medidas estão a ser estudadas em cumprimento das recomendações da X Edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10) da Organização das Nações Unidas (ONU), havida no Japão, em 2010, com a presença de 193 países.