O ex-líder cubano Fidel Castro negou relatos de que estava morto ou à beira da morte, num artigo publicado, esta Segunda-feira (22), na imprensa estatal cubana.
Fidel acusou as agências de notícias e os inimigos de Cuba de espalharem “tolices” sobre ele, especialmente uma reportagem de um jornal espanhol, semana passada, dizendo que ele tinha sofrido um derrame e estava em estado vegetativo.
“Aves de mau agouro! Eu nem me lembro do que é uma dor de cabeça”, escreveu. O artigo escrito no jornal Granma, do Partido Comunista, foi acompanhado por fotografias mostrando Fidel a andar ao ar livre num dia ensolarado no que parecia ser uma fazenda.
Ele usava um chapéu de palha e camisa xadrez vermelha, caminhava com uma bengala e, numa foto, segurava um exemplar do Granma da Sexta-feira.
As fotos, disse Fidel, eram “a prova de que eles são mentirosos.” Boatos circularam nas mídias sociais nas últimas semanas sobre Fidel, que tem 86 anos e está com o estado de saúde a deteriorar-se há vários anos.
Ele governou Cuba por 49 anos antes de renunciar, em 2008, por causa da idade e de enfermidades. O irmão mais novo, Raúl Castro, sucedeu-o como presidente.
Em blogs e no Twitter, Fidel foi declarado morto ou quase morto inúmeras vezes, em consequência de uma ausência longa e sem qualquer explicação dos olhos do público.
Elias Jaua, ex-vice-presidente venezuelano, disse, Domingo (21), que havia encontrado o líder revolucionário cubano no fim de semana e mostrou imagens da reunião a repórteres.
Ele afirmou que Fidel estava em boa saúde e lúcido. Fidel não escrevia uma das suas colunas “Reflexões” para a imprensa estatal desde 19 de Junho, e não era visto publicamente desde Março.