O candidato da Frelimo às eleições presidenciais, Armando Guebuza, diz ser imperioso que tanto os que estão ou não filiados em partidos políticos, como os que não gostam nada de politica, afluam em massa às urnas, para que sejam todos os moçambicanos a escolher os novos dirigentes que deverão dar continuidade, nos próximos cinco anos, do processo de desenvolvimento em curso no país.
Dirigindo-se domingo a dezenas de milhares de pessoas que afluíram a um comício que ele orientou na sede do distrito de Michanhelas, na província do Niassa, no quadro da campanha eleitoral que há já uma semana tem levado a cabo visando atrair votos que possam assegurar a sua reeleição e a recondução do seu partido ao poder, Guebuza destacou que, tratando-se de eleger um Presidente e novos órgãos legislativos que terão de fazer a gestão do pais nos próximo cinco anos, o ideal é que tal tarefa deveria caber não a uma minoria, mas a todos os moçambicanos com idade e direito de votar.
Deixou entender que caso seja uma minoria há o risco de que se fizer uma escolha errada as consequências desse erro iriam afectar tanto essa minoria como toda a maioria que, neste caso, não teria tomado parte na sua escolha. Na sua intervenção um tanto quanto didáctica, para persuadir os seus compatriotas a irem em massa às urnas no dia 28 de Outubro, Guebuza explicou que eleições são um momento único em que o povo tem o direito de escolher os melhores de entre os melhores dos seus compatriotas, para os confiar a missão de fazer a gestão do dia a dia das funções do Estado.
Disse que assim sendo é importante que essa escolha seja feita com todo o cuidado e por todos os que têm idade para o efeito, sob pena de ser uma minoria a faze-lo, muitas vezes com o risco de falharem e acabarem por impor à maioria um “governo ruim” que poderá acabar por mergulhar o país numa crise ou num retrocesso. Para evidenciar o quão importante são as eleições, ele apontou o caso dos últimos cinco anos em que, segundo disse, havia no Parlamento uma bancada que tudo fazia para votar contra todas as leis que eram submetidas pelo Governo para aprovação.
Ele disse que o que valeu é que a bancada da Frelimo detinha a maioria e que, por isso mesmo, conseguiu sempre fazer aprovar sozinha todas as leis que “os outros tentavam inviabilizar e assim paralisar o país”. Revelou que com essa sua atitude de “chumbar” todas as leis que foram sendo apresentadas, essa bancada – cujo nome neste caso não mencionou mas que seguramente se estava a referir à da Renamo – não estava interessada no desenvolvimento do país.
Para Guebuza, todos os que querem de facto ver o seu pais progredir e continuar com o projecto de erradicação da pobreza deviam votar em si como no seu partido Frelimo, porque é a única força politica que provou em cerca de 50 anos da sua historia que é pelo desenvolvimento do pais e pela melhoria das condições de vida do seu povo.
Segundo Guebuza, mesmo os que não são da Frelimo, ou mesmo que não são seus simpatizantes, ou que não gostam da politica, deviam votar na Frelimo, porque o que esta formação politica tem feito, ou que tem sido feito sob a sua liderança, tem servido ou beneficiado todos os moçambicanos, independentemente da sua filiação partidária ou não, ou gostar ou não da política.
‘’O que deve contar é o que esperamos que se faça, e como a Frelimo já provou que o que consegue fazer beneficia todos os moçambicanos, então todos os que desejam ver o nosso Pais continuar a desenvolver-se a um ritmo acelerado devem votar em mim e na nossa Frelimo. Isto porque a escola que vamos construir vai servir a todos os moçambicanos e não só aos membros da Frelimo, do mesmo modo que a estrada ou hospital que iremos construir irão também servir a todos os moçambicanos’’, disse Guebuza, no seu esforço de levar a maioria às urnas no dia 28 do próximo mês.