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Eleição parlamentar no Egipto tem fraco comparecimento às urnas

Os egípcios compareceram em baixo número neste domingo para votar na primeira fase de uma eleição saudada pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi como um marco para pavimentar a democracia no país, mas boicotada por eleitores críticos a uma possível subserviência do Parlamento ao novo mandatário.

Jovens egípcios que boicotaram as eleições demonstraram profunda desilusão com a política, ao passo que os mais velhos, que apoiam Sisi, representaram boa parte dos que efectivamente foram às urnas. Pessoas entre os 20 e 30 anos de idade têm sérias dúvidas se o novo Parlamento terá capacidade de desafiar Sisi, que na condição de chefe das Forças Armadas ganhou a primeira eleição livre para presidente em 2013 e depois impôs a mais dura repressão aos dissidentes na história moderna do Egipto.

O país não tem Parlamento desde junho de 2012, quando uma corte dissolveu a principal Câmara democraticamente eleita, então dominada pela Irmandade Muçulmana, no que significou uma reversão da mais expressiva conquista a partir dos levantes de 2011 que derrubaram Hosni Mubarak.

Sisi, o mais recente militar a comandar o Egipto, derrubou o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade, após protestos de rua contra ele. Com isso, muitos dos jovens activistas dos levantes de 2011 que derrubaram Mubarak também se viram do lado errado da lei.

Correspondentes da Reuters que visitaram locais de votação comprovaram que o comparecimento às urnas foi tímido ao longo do dia, em contraste às longas filas que se formaram na ocasião das eleições de 2012. Num local de votação no distrito de Dokki, no Cairo, o juiz eleitoral Mohamed Ra’fat disse que o comparecimento ali era de cerca de 10 por cento apenas.

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