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Elefante mata uma pessoa em Muchaurenhe

Um elefante saído do Parque Nacional de Gorongosa atacou mortalmente um homem na zona de Muchaurenhe, localidade de Nhampoca, distrito de Nhamatanda, província central de Sofala, elevando para dois o número de acidentes do género ocorridos na região, cujo primeiro registou-se em 2010.

A vítima, de 54 anos de idade, que em vida respondia pelo nome de Chico Manuel Casa, encontrava-se na sua residência, localizada numa machamba, na ribeira da bacia do Púnguè, e os restantes membros da sua família não tiveram a mesma sorte porque trataram de fugir para um lugar distante e seguro.

O Administrador do parque, Mateus Mutemba, que confirmou o sucedido, disse que a área onde se registaram os dois incidentes, para além de constituir uma zona tampão é rota tradicional de migração histórica de elefantes.

A zona, segundo Muthemba, era menos habitada, mas hoje o número de camponeses e machambas aumentou substancialmente, situação que está a gerar episódios semelhantes aos dois que se saldaram em duas mortes.

“O elefante é, por natureza, um animal com memória muito desenvolvida, tendo, por isso, estado a usar insistentemente e por várias gerações os mesmos caminhos, o que dificulta o seu controlo”, explicou a fonte, em contacto com o Jornal ‘Diário de Moçambique’, editado e distribuído a partir da cidade da Beira, centro do país.

Todavia, para evitar a perda de vidas humanas nas comunidades que circundam o parque, o Administrador disse haver um trabalho em curso que consiste no controlo dos movimentos dos animais.

“Como medidas, em Setembro deste ano iniciamos a colocação de colares nos animais para o controlo via satélite. Além disso, massificamos a colocação de colmeias, porque as abelhas são um repelente natural de elefantes, pois quando ferroados não voltam a passar pela mesma zona. O PNG tem estado igualmente a reflectir sobre as formas de resolver esta situação de forma duradoira”, explicou.

O PNG está igualmente a reforçar a colaboração com as comunidades localizadas na outra margem do rio Púnguè, enviando sinal de alerta, sempre que se apercebe da iminente travessia dos animais e no caso vertente os elefantes.

Outras medidas tomadas consistem no afugentamento dos animais, através de disparo para o ar de armas de fogo, sempre que se apercebe da tentativa de atravessarem o rio Púnguè.

Ainda no pacote de medidas, foi igualmente colocado mais um posto de fiscalização nas imediações do rio, para controlar os movimentos dos elefantes.

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