As forças de segurança do Egito declararam, este Domingo, ter detido 15 pessoas depois de dois dias de confrontos entre adeptos de futebol enfurecidos e policiais militares que mataram uma pessoa e feriram 65 na cidade industrial de Port Said.
Os adeptos tomaram as ruas, Sexta-feira e Sábado, em protesto contra a decisão da Associação Egípcia de Futebol (EFA, na sigla em inglês) de proibir o clube Al-Masry, de Port Said, de disputar duas temporadas por conta do pior desastre num estádio, em toda a história do país.
Mais de 70 pessoas foram mortas, mês passado, durante uma invasão do campo do estádio de Port Said, o incidente mais letal desde os protestos que depuseram o presidente Hosni Mubarak, ano passado.
“Quinze suspeitos foram presos durante os embates ocorridos entre o exército e os manifestantes diante do prédio da Autoridade do Canal de Suez em Port Said”, informou uma fonte de segurança à Reuters.
Os suspeitos serão acusados de tentar tomar de assalto o edifício e destruir as propriedades pública e particular, acrescentou a fonte.
Durante a invasão de campo, em Fevereiro, as portas de aço do estádio foram trancadas, aprisionando os adeptos que tentavam fugir das arquibancadas. Dezenas morreram esmagados.
Muitos adeptos culparam o governo por não enviar policiais suficientes para o estádio, dada a tensão que antecedeu a partida, e muitos acreditam que a violência foi orquestrada por bandidos contratados. Pelo menos mil pessoas ficaram feridas.