O ministro egípcio da Saúde, Hatem el Gabali, anunciou nesta quarta-feira o sacrifício imediato de todos os porcos do país para evitar a aparição da gripe suína no Egito.
“Foi decidido começar de imediato a degola de todos os porcos”, declarou o ministro à imprensa, depois de uma reunião com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.
As autoridades sanitárias do Egito, onde até o momento não foi detectado nenhum caso animal ou humano de gripe suína, decidiram também lançar uma campanha de sensibilização sobre o vírus e aumentar a produção de máscaras cirúrgicas e de Tamiflu, segundo Gabali.
O ministro, cujo país foi um dos mais afetados pela gripe aviária, estimou que a situação é grave e que seu país leva essa ameaça muito a sério. Os primeiros casos de gripe suína no Oriente Médio foram confirmado na véspera em Israel, com dois homens que viajaram recentemente ao México.
Vários países, principalmente asiáticos, decidiram interromper a importação de porcos provenientes do México e de certos estados americanos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), os porcos, até provem o contrário, não são os transmissores da epidemia. Apesar disso, o parlamento egípcio pediu a matança de cerca de 250.000 porcos criados no país como medida preventiva.
A maioria dos 80 milhões de egípcios são muçulmanos, por isso a religião proíbe comer carne de porco. Os cristãos representam entre 6 e 10% da população. Os proprietários de criadouros de procos estão furiosos com esta decisão.