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Egipto procura terceiro título consecutivo contra jovem Gana

A final da Copa Africana de Nações que se disputa este domingo entre Egipto e Gana em Luanda, no Estádio 11 de Novembro a partir da 18 horas, representa uma oportunidade histórica para os “faraós” ganharem seu terceiro título seguido, contra a jovem equipa dos Black Stars.

Para além da disputa da taça, seis títulos egípcios contra quatro dos ganeses, também se disputa hoje o cobiçado troféu de Bota de Ouro da 27ª edição do CAN que coloca em confronto os egípcios Gedo e Ahmed Hassan (3 golos), além do ganense Asamoah Gyan (3 golos).

Sem Mohamed Abou Treika, o Egipto parte como favorito para aumentar seu número de títulos graças à harmonia da sua equipa liderada pelo vetereno Ahmed Hassan, ainda que sofra com a ausência de Emad Motaeb por problemas no músculo abdutor. Um novo título ajudaria a seleção egípcia a lavar a alma por não haver qualificado-se para o Campeonato do Mundo de Futebol, que ocorre de 11 de junho a 11 de julho na África do Sul.

Os egípcios, que mais vezes ergueram esse importante troféu do futebol africano, estiveram nas finais de 1957, 1959, 1962, 1986, 1998, 2006 e 2008, tendo perdido apenas a terceira, em 1962 e tem neste torneiro um balanço impressionante ganharam cinco partidas com 15 golos marcados e apenas dois sofridos.

Contra eles estará uma equipe jovem que demonstrou boa forma após ganhar do país anfitrião por 1 a 0 nas quartas-de-final e a potente Nigéria, vitoriosa por 1 a 0 na semifinal. Campeões africanos em 1963, 1965, 1978 e 1982, os Black Stars foram finalistas derrotados em 1968, 1970 e 1992 e chegaram à CAN com oito campeões do Mundo Sub-20, título conquistado no Egipto. Mesmo já focados no Mundial da Àfrica do Sul  os ganeses deverão realizar um último esforço este domingo para conquistar uma vitória que esperam desde 1982.

O jogo dos Black Stars se baseia em uma forte defesa, que compensa as grandes ausências no centro de campo, graças à solidariedade dos jogadores das linhas de trás. Além disso, o atacante Asamoah Gyan parece ter recuperado a forma após várias lesões.

As duas selecções já se defrontaram por duas vezes em fases finais do CAN (1970 e 1992), mas será hoje o primeiro confronto no jogo do título, que pode vir a ser assistido por 50 mil espectadores, dada a expectativa em volta do encontro.

Os “faraós” têm um futebol mais objectivo, mas terão de contrariar a garra da juventude ganense, que tem demonstrado uma frieza invulgar, nos momentos de pressão, ganhando jogos por resultados mínimos (1-0). Com um futebol mais lento e de contenção, os compatriotas de Abedi Pelé têm menos um jogo nas pernas em relação ao seu adversário directo (estiveram numa série de apenas três selecções) e uma defesa mais vulnerável, com três golos sofridos, contra dois do Egipto.

O seu ponto forte reside na imprevisibilidade do ataque, que pode se tornar incómodo para os actuais campeões africanos, caso o seu venenoso triângulo Asamoah Gyan, André Ayew e Asamoah Kwandwo (as suas melhores unidades do ataque) esteja em bom plano.

Os egípcios iniciaram a caminhada rumo à final no grupo C, com a Nigéria, Moçambique e Benin. Começaram com vitória sobre os nigerianos por 3-1, seguida de outras contra os moçambicanos e beninenses, aos quais venceram por 3-0 e 2-0, respectivamente. Nos quartos-de-final, afastaram os Camarões, de Samuel Eto’o, vencendo por 3-1, e nas meias-finais humilharam os rivais argelinos por 4-0, naquela que é, até ao momento, a maior goleada da competição.

O Ghana, com quatro golos marcados e três sofridos, esteve no Grupo B e começou a disputa do CAN com derrota, frente à Cote D’Ivoire (1-3). Na segunda ronda, bateu o Burkina Faso, por 1-0, qualificando-se para a fase seguinte, uma vez que disputou apenas dois jogos devido à desistência do Togo, vítima de ataque terrorista. Nos quartos-de-final, cruzou com a anfitriã (Angola), a quem venceu por 1-0, com golo de Gyan, o mesmo resultado conseguido nas meias-finais contra a Argélia, igualmente com golo de Gyan.

Pelos números apresentados, pode esperar-se uma final equilibrada, onde sairá vencedora a selecção mais fria na concretização das oportunidades de golo e melhor esclarecida na abordagem ao jogo.

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