A Associação da Imprensa Mauritana (RPM), um coletivo de editores, denuncia uma série de processos judiciais durante as últimas semanas contra vários órgãos da imprensa privada nacional como “actos de perseguição” e de “intimidação”, contra jornalistas.
Numa declaração publicada segunda-feira, o RMP cita os casos mais recentes de Moussa Samba Sy, editor do «Quotidien de Nouakchott», Jeidna Deida (MAURIWEB), Ely Ould Mohamed Bouna (Atlas Info), Babacar Baye N’Diaye (CRIDEM) « que foram convocados, a 25 de janeiro, pelo procurador de Nouadhibou depois duma queixa da Sociedade Nacional Industrial e Mineira (SNIM).
Face a esta situação, a associação lembra às autoridades mauritanas “a liberdade de expressão e a liberdade de informação que são direitos inalienáveis e não podem ter restrição”.
“Nada justifica a interpelação pela Justiça de jornalistas no exercício da sua profissão e um Estado que se deseja democrático e respeitoso do direito deve pôr termo às práticas de intimidação e às ameaças contra os actores da imprensa”, sublinhou.
O RPM considera a convocação diante da jurisdição de Noudhibou, que obriga a uma viagem de perto de 500 quilómetros, como “uma sanção” contra os jornalistas.