Todos os 110 trabalhadores da Empresa de Construção e Manutenção de Estradas ECMEP – delegação de Niassa, deverão ser despedidos, até o próximo mês, devido a falência daquela firma estatal.
Fundada em 1976, um ano após a independência nacional, a ECMEP é uma das empresas participadas pelo Estado com graves problemas financeiros e que, nos últimos anos, não tem conseguido cumprir os objectivos para que foi criada, além de que os seus trabalhadores têm estado constantemente em greve.
Segundo reporta a Rádio Moçambique, a emissora pública nacional, todos os trabalhadores daquela empresa receberam as cartas de pré-aviso dando indicação da cessação dos seus contratos até o dia 20 de Fevereiro, tendo ao mesmo tempo recebido salários de três meses em atraso.
Entretanto, a empresa ainda está a dever 32 meses de salários aos trabalhadores, num total de 47 milhões de meticais (1,7 milhões de dólares americanos), valor que lhes será pago brevemente, obedecendo um calendário a ser ainda estabelecido.
O encerramento desta empresa insere-se num processo levado a cabo pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE) destinado a rentabilizar as empresas participadas pelo Estado.
Em meados deste mês, o ECMEP – delegação de Sofala, também anunciou a cessação dos contratos dos 250 trabalhadores filiados àquela empresa ao nível daquela província do centro do país.