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Ébola ameaça segurança alimentar no oeste da África

A pior epidemia do Ébola do mundo colocou colheitas em risco e fez os preços subirem no oeste da África, disse, esta terça-feira (2), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), alertando que o problema vai se intensificar nos próximos meses.

A entidade emitiu um alerta especial para Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri, os três países mais afectados pelo surto, que matou cerca de 1.550 pessoas desde que o vírus foi detectado nas selvas remotas do sudeste da Guiné Conacri, em Março.

As restrições aos movimentos das pessoas e a implementação de zonas de quarentena para conter a difusão da febre hemorrágica levou a compras desesperadas, falta de alimentos e aumento de preços nos países menos preparados para absorver o choque.

“Mesmo antes do surto do Ebola, as famílias em algumas das áreas mais afectadas estavam a gastar até 80 por cento de sua renda com alimentos”, disse Vincent Martin, chefe da unidade da FAO em Dacar, que está a coordenar a resposta da agência.

“Agora, estes mais recentes aumentos de preço estão efectivamente a colocar o preço dos alimentos fora dos seus alcances”, disse Martin num comunicado, acrescentando que a crise alimentar pode prejudicar a contenção da doença, que é tipicamente espalhada pelos fluídos corporais dos doentes.

A produção de arroz e milho cairão durante a estação de colheita que se aproxima, à medida que as restrições de migração e movimentos causam falta de mão de obra nas fazendas, disse a FAO.

O Programa de Alimentos das Nações Unidas e a FAO aprovaram um programa de emergência para entregar 65 mil toneladas de alimentos a 1,3 milhão de pessoas afectadas pelo Ébola, em três meses.

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