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E os 364 dias?

Quando chega o 7 dia de Abril, dia em que a Josina Machel morreu e que se considera dia da mulher moçambicana, há discursos de todo lado. Fala-se de tudo menos nada. Desde o emponderamento da mulher, convite para a alfabetizacao, cargos de chefia, etc, so para citar alguns exemplos.

Só que estes discursos, são de pouca duração, ou seja, acontecem em um dia apenas. E os trezentos e sessenta e quatros dias? Nada, ninguém vem dizer nada sobre o bom e o mau das mulheres. Por diversas vezes, encontramos estas diferenças.

Mulheres iguais so num dia. Porque no dia 7 de Abril, não se fala do lado negativo. Não se fala de que há mulheres que não tem comida, roupa, etc. Mulheres que dormem ao relento porque não têm tecto, enfim.

Tudo está bem e mais uma vez vem a tona os discursos de que as mulheres são como os jovens as nossas esperanças. Se formos ao cerne da questão, veremos de facto, quantas mulheres passaram o dia 7 sem comida, quantas foram violentadas. Que a valorizacao da mulher seja em todos dias do ano, não apenas num único dia.

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