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Durban II: Ahmadinejad critica Israel e provoca saída de europeus

O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad chamou Israel de “governo racista” nesta segunda-feira em Genebra durante o primeiro dia da Conferência da ONU sobre racismo, provocando a saída dos europeus presentes.

“Após o final da Segunda Guerra Mundial, eles (os aliados) recorreram à agressão militar para retirar as terras de uma nação inteira sob o pretexto do sofrimento judeu”, explicou Ahmadinejad. “Eles enviaram migrantes da Europa, dos Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada”, lançou em uma clara alusão a Israel. “Esforços devem ser feitos para pôr fim aos abusos dos sionistas e de (seus) aliados”, acrescentou o presidente iraniano, provocando a saída dos 23 representantes europeus da sala sob as vaias dos participantes.

“No momento em que Israel era estigmatizado na tribuna pelo presidente iraniano, nós nos retiramos da sala para deixar clara a nossa rejeição absoluta a essas afirmações”, explicou à AFP o embaixador da França Jean-Baptiste Mattéi. Ao final desse discurso de mais de 30 minutos, a ONU denunciou “a linguagem” utilizada pelo presidente iraniano. “Lamentamos veementemente a linguagem utilizada pelo presidente iraniano.

Do nosso ponto de vista, o discurso estava totalmente fora de contexto para uma conferência destinada a promover a diversidade e a tolerância”, indicou à AFP o porta-voz do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay. Algumas horas antes, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon havia alertado Ahmadinejad para qualquer ligação entre sionismo e racismo, durante um encontro entre os dois. Os países europeus presentes haviam indicado que deixariam a sala se Ahmadinejad, conhecido por suas diatribes anti-israelenses, proferisse “acusações antissemitas”.

A Conferência da ONU sobre racismo que deve assegurar a continuidade do encontro de em 2001, realizado em Durban, na África do Sul, foi iniciada nesta segunda-feira em Genebra em um clima tenso, devido à ausência de pesos pesados ocidentais, como Estados Unidos, Canadá, Israel, Alemanha, Itália, Austrálie e Polônia.

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