As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) poderão contar, ainda este ano, com pelo menos duas das suas aeronaves reparadas, que serão colocadas ao serviço da Escola Prática de formação de pilotos da Força Aérea.
Para o efeito, o Ministério moçambicano da Defesa (MDN) e o Estado-Maior da Força Aérea de Portugal avaliaram e identificaram apoios concretos para a reabilitação completa de dois aviões, ora avariados, mas que muito em breve estarão ao serviço da escola prática. Esta informação foi revelada pelo Ministro da Defesa, Filipe Nyussi, no fim da audiência que concedeu hoje, em Maputo, ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea portuguesa, Luís Araújo, de visita ao país no âmbito do reforço das relações de cooperação entre Moçambique e Portugal.
No encontro, inserido nos esforços de manutenção da cooperação entre os dois países no domínio da defesa, mais concretamente no ramo da força aérea, as partes avaliaram a viabilização da escola prática de formação de pilotos militares. “Vamos através de um projecto autónomo viabilizar a escola prática, até já indicamos os apoios concretos para a reabilitação de pelo menos duas aeronaves que muito em breve estarão ao serviço da escola prática”, explicou o ministro. Luís Araújo disse, por seu turno, que Portugal continuará a trabalhar em estreita colaboração com a Academia Militar Samora Machel na formação de pilotos militares.
“No próximo programa-quadro vamos estudar outras especialidades necessárias à força aérea moçambicana”, disse Araújo, acrescentando que o maior desiderato daquele país luso é aprofundar a sua participação no treinamento de agentes. Moçambique possui actualmente oito cadetes a frequentarem o quarto ano de formação de pilotos, igual número no terceiro ano e sete no segundo.
No final do seu treinamento, estes quadros deverão contribuir na réplica do conhecimento adquirido na academia. A alta patente da força aérea portuguesa, de visita ao país desde domingo, permanecerá em Moçambique até ao próximo sábado.