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Dois chineses condenados a penas de 15 e 22 anos de prisão na Beira

Dois cidadãos de nacionalidade chinesa foram condenados, esta quarta-feira, a penas de 15 e 22 anos de prisão maior pelo Tribunal Judicial Provincial de Sofala (TJPS), na Beira, por ter se provado o seu envolvimento nos crimes de homicídio voluntário qualificado, posse ilegal de armas de fogo e agressão física, segundo a sentença proferida pelo juiz da causa na sequência do julgamento do processo número 24/5ª/2010.

Segundo o Diário de Moçambique, os co-réus respondem pelos nomes de Chen Wei, que cumprirá a pena de 22 anos, por ter sido provado que matou o cidadão Zhong Jun, também de nacionalidade chinesa, por meio de uma arma de fogo de tipo metralhadora AK 47, de origem russa, e Pi Bião, ora condenado a 15 anos de prisão, por ser cúmplice e por posse ilegal de uma pistola, da Checoslováquia, na altura do cometimento dos aludidos crimes.

Segundo a sentença, o crime ocorreu às 22 horas do dia 7 de Dezembro de 2009, nas instalações da serração Qiu Zhong Biu, localizada na zona da Chamba, arredores da cidade da Beira. Na circunstância, os dois co-réus introduziram-se no interior da residência da vítima, sobrinho de um cidadão chinês a quem pretendiam cobrar uma alegada dívida, que na altura se encontrava ausente de Moçambique. Ainda Chen Wei e Pi Bião, trabalhadores da fundição de ferro Chen Chen, deverão pagar uma indemnização nos valores de 200 mil e 35 mil meticais, respectivamente, a familiares da vítima mortal e a Ren Fei, cidadã chinesa agredida fisicamente durante a briga.

Segundo o Diário de Moçambique, consta da sentença que Pi Bião, o qual deverá pagar igualmente uma multa de dois meses, disparou a pistola que portava sem sucesso, porque as balas encravaram-se. Para lograrem os seus intentos, os co-réus utilizaram uma viatura de marca Toyota, conduzida na altura por Yun Feng Li. Este foi absolvido ontem por aquele tribunal, por insuficiência de provas do seu envolvimento nos crimes acima mencionados, visto que o homicídio e a agressão física ocorreram na altura em que ele estava fora das instalações da serração e também não sabia que eles portavam armas de fogo, quando os transportou para o local de ocorrência dos crimes.

No entanto, aquele tribunal julgou os dois co-réus à revelia, porque se encontram fugitivos. Aproveitaram empreender a fuga na altura em que pagaram a caução, estando actualmente em parte incerta, sendo, por isso, que o TJPS ordenou a sua recaptura logo que forem localizados. Dos três cidadãos julgados, Yun Feng Li, ora absolvido, foi o único réu que ontem esteve presente durante a leitura da sentença, conforme constatou a nossa Reportagem no local.

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