Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) que no passado dia 21 deste mês assaltaram e roubaram um empresário na região de Gondola, na província central de Manica, estão detidos e deverão ser afastados das fileiras da corporação, ao cabo de apenas três meses de exercício.
O duo, apenas identificado pelos nomes de Pedro e Victor, ainda com estatuto de “guarda” na PRM, terminou a sua formação em Dezembro de 2009 e entrou em actividade em Janeiro/2010, depois de ingressar nas fileiras da corporação através do populista modelo de apresentação pública, durante a qual os residentes de onde provêm os candidatos devem se pronunciar sobre a conduta dos mesmos.
Os dois agentes da PRM, na companhia de outras duas pessoas cuja sorte Cossa não indicou, roubaram ao empresário 74 mil meticais (cerca de dois mil dólares norte-americanos), valor, entretanto, recuperado pelas autoridades na sua totalidade.
Sabido que é o nível de (in)segurança que as instituições de direito reservam ao pacato cidadão em Moçambique, estes ou gazetam a essas sessões ou vão fazer “corpo presente” – não vá o diabo tecê-las – e lá vão sendo inclusivamente recrutados bandidos renomados para serem treinados, fardados e equipados pelas autoridades e, daí, partirem, sob capa de “autoridade”, para as suas sinistras actividades.
Como quem não sabe da coisa ou por “conveniência de serviço”, Cossa criticou as pessoas que não denunciam a má conduta dos seus vizinhos ou familiares quando são apresentados nas comunidades durante a fase de apuramento dos candidatos às fileiras da Polícia.