Pouco mais de cento e vinte pessoas infectadas com o vírus do HIV/SIDA abandonaram o tratamento de anti retroviral a partirda altura que iniciou o funcionamento do servço do TARV no distrito de Eráti. Na origem das desistências apontam-se as longas distâncias que eram forçadas a percorrer, entre as suas residências e as unidades sanitárias mais próximas. Porém, devido a um trabalho levado a efeito pelas autoridades do sector da saúde, daquele universo apenas 26 estão ainda fora do controlo da saúde.
De acordo com o monitoramento realizado através dos serviços de TARV, dentre os cerca de 270 mil habitantes do distrito de Eráti, quatro mil pessoas, aproximadamente, estão infectadas com o vírus do HIV, o que corresponde a uma taxa de prevalência de dois por cento.
O director do hospital distrital de Namapa, Raúl Adibo, disse que para evitar estas desistências e reduzir casos de novas incidências, a sua instituição está, em coordenação com algumas associações locais que realizam palestras junto das comunidades, a fazer a distribuição de meios preventivos.
Quando iniciamos o tratamento aos doentes, os serviços estavam instalados apenas na vila sede distrital e tínhamos dois pontos satélites em Mirrote e Alua.Este último lugar o mais populoso do distrito de Eráti e de onde vinha a maior parte dos infectados, que tinham que se deslocar a Namapa para serem assistidos. Em 2009 foi o ano em que se registou maior número de pessoas que abandonaram os serviços TARV, explicou Raúl Adibo.
As autoridades do sector de saúde estão conscientes de que um dos grandes problemas que enfrentam sãos as enormes distâncias que distam duma unidade sanitária a algumas comunidades que precisam destes serviços, devido à extensão territorial do distrito de Eráti, conforme reconhece o director dos serviços de Saúde, Mulher e Acção Social, António Muahaja Uahilive.
A fonte apontou os povoados de Intuto, Mepakala, Mirrote, Nantoche, Nahopa como sendo aquela que neste preciso momento estão desprovidas de unidades sanitárias cujos seus habitantes são forçados a percorrer pouco mais de 40 quilómetros.