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Disputa por terras na China espalha-se pelo oeste, diz um estudo

As disputas rurais por terra estão a atingir um novo ápice na China e espalham-se pela parte oeste não desenvolvida do país, mostrou uma pesquisa publicada numa revista estatal, esta Segunda-feira.

O crescente descontentamento sobre demolições forçadas e corrupção aumentou o nervosismo entre autoridades determinadas a defender o governo, do Partido Comunista, e fazer de modo mais suave possível a transição para uma geração mais jovem de líderes.

A China enfrenta, próximo ano, uma transição de liderança, com o presidente Hu Jintao, devendo se aposentar do partido no segundo semestre e da presidência no mês de Março seguinte.

A pesquisa, envolvendo 1.700 famílias em seis províncias chinesas, descobriu que as disputas sobre aquisição de terra atingiram um novo pico em meio ao crescente desenvolvimento em toda a China e foi a principal causa de confrontos rurais, segundo a Outlook Weekly, revista publicada pela agência estatal Xinhua.

“A partir do segundo semestre de 2002, a China entrou numa nova rodada de período de crescimento económico elevado, portanto, entrando em um período de altos incidentes de disputas locais por aquisição de terra, e esses espalharam-se de leste a oeste”, disse o acadêmico Dong Xiaodan, da Universidade Remnin, instituição que conduziu a pesquisa.

Em setembro, milhares de moradores da região de Lufeng, no sul chinês, protestaram e atacaram órgãos do governo num forte aumento da violência por causa de desapropriações de terra.

Actualmente, as disputas de terra estão entre as questões mais explosivas que a China enfrenta, já que os preços crescentes são um grande incentivo para corrupção e levam a redes envolvendo autoridades e empresários ansiosos por mais terras agrícolas para obras.

Estatísticas oficiais sobre conflitos rurais na China são difíceis de obter, mas um ex-subeditor-chefe do jornal oficial do partido, o Diário do Povo, disse que o número de “incidentes em massa” na China, um eufemismo oficial para desordem social, ficou consistentemente acima de 90.000 por ano de 2007 a 2009.

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