A Direcção Nacional de Águas (DNA) vai receber cerca de 23 milhões de Euros destinados a aumentar a capacidade do sector para gerir os recursos hídricos com vista a garantir o desenvolvimento social e económico de Moçambique.
Do montante, 18 milhões serão alocados ao Apoio Sectorial para Água e Saneamento (ASAS) e cerca de cinco milhões alocados para o nível descentralizado, nomeadamente a Administração Regional de Água (ARA), responsável pela gestão das águas do rio Zambeze.
Para a viabilizar o desiderato, o Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, e a embaixadora do Reino dos Países Baixos, Frédérique de Man, assinaram, Quinta-feira (25), em Maputo, os acordos bilaterais que vão reforçar as reformas institucionais já iniciadas no sector.
Na mesma esteira, será igualmente contemplada a capacitação de algumas instituições que, por sua vez, contribuirão para melhorar a capacidade de resposta da DNA para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) no sector de águas, e no abastecimento do precioso líquido e saneamento rural.
O titular da pasta das obras públicas disse que a questão do abastecimento de águas é crucial para o país e o governo continua engajado na superação dos desafios ainda prevalecentes em relação ao acesso ao precioso líquido e a melhoria do saneamento.
“O governo promete contribuir para que os outros programas preconizados possam gerar os resultados esperados”, disse Muthemba, acrescentando que o executivo continuará a valorizar os ganhos até concretizados.
Frédérique de Man disse, por seu turno, que os desafios relacionados com a água no país são enormes, desde o aumento da produção agrícola, hidro-energia, transporte para o carvão, o aumento da população com elevado nível de consumo do precioso líquido entre outros.
Desta feita, segundo a diplomata holandesa, o Reino dos Países Baixos reafirma a sua intenção de continuar na parceria com o governo, reforçando a cooperação com benefícios mútuos.
O desenvolvimento de uma plataforma de Água Moçambicana (com participantes moçambicanos e holandeses), em processo de estabelecimento, irá, de certa forma, contribuir para este processo.
A diplomata reconheceu a existência de muito por ser feito e o seu país, como parceiro, está disposto a apoiar e contribuir, numa base de confiança, onde prevalece o sentido de prestação mútua de contas, mas acima de tudo, uma prestação de contas aos contribuintes.