Os dirigentes africanos autorizaram a criação de um Fundo Africano para as Emergências de Saúde Pública (FAUSP), destinado a mobilizar recursos adicionais com vista a reagir rápida e eficientemente face às urgências em matéria de saúde pública.
Eles aprovaram a criação deste fundo durante a 19ª cimeira ordinária da União Africana (UA) encerrada recentemente em Addis Abeba, na Etiópia.
A iniciativa foi promovida diante da cimeira pelo Presidente gambiano, Yahya Jammeh, que recordou que as urgências de saúde pública continuam uma preocupação maior para África, pois continuam a travar o desenvolvimento do continente.
Ressaltou, por outro lado, que os países africanos não dispõem de recursos materiais, financeiros e humanos necessárias para replicar com competência e eficiência às urgências de saúde pública pelo que devem, às vezes, virar-se para o exterior para pedir ajuda que “muitas vezes chega quando já é tarde”.
“Nesse aspecto, a criação de um fundo comum justifica-se muito para melhorar consideravelmente a preparação para a réplica às urgências e às suas consequências desagradáveis. Os recursos deste fundo comum vão ajudar a enfrentar as epidemias e pandemias e por conseguinte salvar vidas e reduzir a pobreza”, disse.
A criação do FAESP foi proposta por Luís Sambo, director da OMS-África e foi aprovada pela 60ª sessão do Comité Regional da OMS (Organização Mundial da Saúde) para África, decorrida em 2010 em Malabo, na Guiné Equatorial.