Continua por reclamar, por parte dos respectivos familiares, a maior percentagem do dinheiro de trabalhadores moçambicanos falecidos nas minas da República da África do Sul (RAS), cujo processo de localização dos mesmos, levado a cabo pelo Ministério do Trabalho e pelas Administrações Distritais, sobretudo da região sul do país, ainda não atingiu os objectivos desejados, que eram de fazer a entrega total dos montantes aos respectivos beneficiários.
Trata-se de dinheiro resultante da venda de espólio (bens materiais e algumas poupanças) que pertencia aos mineiros moçambicanos enquanto trabalhavam naquele país, que rtotaliza perto de 2 milhões de meticais, dos quais só a Província de Gaza detém cerca de 1 milhão e 300 mil meticais.
Até ao presente momento, o Ministério do Trabalho só pagou a 8 beneficiários legítimos, criteriosamente apurados como tal, num universo de 244 mineiros falecidos registados e cujos familiares têm o direito de receber o dinheiro correspondente.
No total já se apresentaram 24 familiares, mas apenas estes 8 é que reuniram os requisitos comprovando que são os legítimos herdeiros, enquanto que os restantes ainda estão à procura de provas, tanto no âmbito oficial como familiar, neste último aspecto através de consensos familiares sobre o verdadeiro beneficiário.