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Dilema de esquassez de cimento não voltará a registar-se

O governo de Nampula não quer a repetição do caso verificado no início do ano em que a província viu-se privada do abastecimento normal de cimento, facto que concorreu para a paralisação de um número elevado de obras na província e não só em razão da escassez daquela matéria prima no mercado, cujo preço subiu para o dobro, em relação ao seu valor médio de 250 meticais o saco 50 quilogramas.

Com efeito, governador de Nampula Felismino Tocoli, mandatou o sector da Indústria e Comércio na província no sentido de interceder junto dos proprietários das duas fábricas de cimento em Nacala-Porto, visando a obtenção de garantias de que a ruptura de stocks daquele produto não venha a repetir-se sem motivos plausíveis.

Felismino Tocoli, que visitou na segunda-feira a direcção provincial da Indústria e Comércio para avaliar o grau de cumprimento do respectivo plano de actividades para o presente ano, disse que ao trabalho de auscultação, por si recomendado, aos proprietários das fábricas de cimento vai permitir aferir a sua capacidade de laboração e armazenamento para garantir que o mercado esteja abastecido daquela matéria prima por um período razoável que não possa causar prejuízos à indústria de construção civil local e das províncias vizinhas de Cabo Delgado, Niassa, e Zambézia, no centro.

Nós queremos um mercado seguro em termos de cimento e se constatarmos que não existe capacidade para o seu abastecimento, então vamos prosseguir e de forma mais acentuada os nossos esforços visando a atrair investimentos para a implantação de mais fábricas nos locais onde as condições existam ao nível da província- disse o governante, acrescentando que a ruptura de stocks de cimento tende a repetir-se todos anos numa altura em que a sua procura cresce para suportar os grandes projectos governamentais e do sector privado.

Ajuntou que a mais recente paralisação das duas fábricas de cimento, nomeadamente do grupo Cimpor e Cinac em Nacala-Porto, afectou, sobremaneira, os planos governamentais concernentes à edificação de infra-estruturas económicas e sociais, particularmente as salas de aulas e unidades sanitárias.

Adicionalmente, reduziu o poder de compra por parte dos cidadãos de baixa renda, pois que um saco de cimento normalmente comercializado a 250 meticais, chegou a custar o dobro daquele valor, adiando assim a concretização dos seus objectivos, que passam pela elevação da qualidade de vida que é avaliada através do tipo de habitação. Nas informações prestadas ao governo de Nampula relativamente à razão que ditou a paralisação da laboração no início do ano, as direcções das duas fábricas de cimento alegavam férias colectivas e avarias registadas no equipamento.

Esta justificação não convence Felismino Tocoli, pois, na sua óptica, as férias devem ser planificadas por forma a não afectar a produção, assim como as avarias devem ser comunicadas oficialmente para que o governo possa identificar uma alternativa à eventual escassez de cimento.

Neste momento, a província é abastecida, simultâneamente, por cimento de produção local e importado de países com altos volumes de produção, nomeadamente a República Popular da China, Índia e Indonésia.

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