O Governo e o partido Renamo voltaram, esta segunda-feira (17), a dialogar em sentidos opostos e não houve nenhum entendimento em relação à integração dos homens armados do maior partido de oposição em Moçambique, nas Forças de Defesa e Segurança e na Polícia, que enquanto isso mantêm as suas armas.
Na ronda desta segunda-feira (17), a 85ª, o Executivo voltou a insistir na necessidade de a Renamo apresentar uma lista detalhada dos seus militares com as respectivas patentes para que sejam integrados no Exército e na Polícia da República de Moçambique (PRM), mas o partido liderado por Afonso Dhlakama não aceita proceder de tal forma antes de a sua contraparte fornecer o modelo de integração e exige ainda a partilha de postos de comando.
José Pacheco, chefe da delegação do Governo no diálogo político com a Renamo, considerou que as partes não registam nenhuma divergências, o que há é um problema de interpretação dos documentos referentes a integração das forças residuais do maior partido de oposição no país com vista à cessação efectiva das hostilidades.
Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo, disse que o seu partido exige a repartição de responsabilidades no comando das Forças de Defesa e Segurança e na Polícia. Ele esclareceu que a “Perdiz” quer que haja partilha de efectivos na Guarda-Fronteira e na Força de Intervenção Rápida (FIR) mas ainda não existe acordo sobre a integração.