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Detidos mais de 400 imigrantes furtivos em apenas uma semana

Mais de 400 imigrantes ilegais foram detidos numa semana em Moçambique pelas autoridades policiais. De acordo com uma nota oficial do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) relativa à situação criminal e de acidentes de viação da semana passada, aguardam repatriamento para os países de origem 64 imigrantes clandestinos, dos quais 43 somalis, 19 congoleses, um ugandês e um chinês.

Durante a mesma semana, além de 64 bengalis portadores de vistos falsos interceptados no Aeroporto Internacional do Maputo (Sul), as autoridades detiveram 313 imigrantes ilegais no interior do país. Desses, 167 são somalis, 66 paquistaneses, 44 etíopes, 33 bengalis, dois tanzanianos e um ruandês.

O Comando-Geral da PRM refere ainda que no domingo foram repatriados 33 imigrantes ilegais para Luanda, de onde eram provenientes, através da companhia Linhas Aéreas de Moçambique.

Quanto às acções de controlo da linha de fronteira, a Polícia deteve 968 violadores de fronteira, dos quais 565 moçambicanos, 219 malauianos, 152 zimbabueanos, 25 zambianos, seis tanzanianos e um sul-africano.

Alguma imprensa nacional refere que Moçambique recebeu, por seu turno, 233 cidadãos nacionais repatriados da África do Sul, sendo 206 homens, 20 mulheres e sete menores.

Relativamente aos acidentes de viação, as autoridades registaram 36 mortos, 67 feridos graves (mais 15 e 18 que na semana anterior, respectivamente) e 49 feridos ligeiros, resultantes de 66 acidentes. Nas últimas semanas, tem aumentado em Moçambique o número de casos de imigração ilegal.

Polícias detidos

Entretanto, seis agentes da PRM foram surpreendidos a escoltar um camião com 68 somalis, que recentemente fugiram do Centro de Refugiados de Maratane, em Nampula (Norte), suspeitando-se que quisessem facilitar a saída dos imigrantes de Moçambique.

A PRM deteve, pelo menos, três dos seis membros da corporação acusando-os de envolvimento na tentativa de fuga de somalis e etíopes requerentes de asilo no país.

Os 68 imigrantes haviam sido acolhidos no Centro de Refugiados de Maratane, onde deveriam aguardar pelo processo de triagem com vista à confirmação do seu estatuto.

O porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, Inácio Dina, disse que três dos seis agentes, considerados “cabecilhas” da referida “operação de escolta”, são, também, acusados de envolvimento em outros crimes.

A intenção dos polícias foi gorada, uma vez que os agentes em serviço no referido posto de controlo não entraram no esquema montado que previa o pagamento de somas avultadas para que o camião, agora retido no comando provincial da PRM, prosseguisse a sua viagem em direcção à capital do país.

Inácio Dina disse existirem fortes indícios de que os agentes da Polícia tivessem sido contactados por pessoas ligadas ao tráfico de imigrantes para facilitar a passagem do camião no posto de controlo de Muahivire para Maputo, presumivelmente em direcção à África do Sul.

No ano passado, pelo menos seis mil imigrantes, maioritariamente de origem somali e etíope, abandonaram o Centro de Refugiados de Maratane, em Nampula.

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