Três cidadãos ruandeses foram detidos em Moçambique no quadro do inquérito sobre a morte do ex-chefe dos Serviços de Inteligência do Rwanda, Patrick Karegeya, encontrado morto no dia do Ano Novo num hotel de luxo em Joanesburgo, na África do Sul.
Segundo a agência noticiosa PANA, que cita uma fonte policial não identificada, uma das pessoas detidas é identificada como tenente-coronel Francis Gakwere, o principal suspeito na agressão contra o general Kayunba Nyamwasa em 2010.
Patrick Karegeya chefiou os Serviços de Inteligência Externa das Forças Armadas do Rwanda de 1994 a 2004. Foi despojado do seu grau de coronel em 2006 por um Tribunal Militar antes de fugir do país em 2007.
Convidado esta 3a feira a confirmar a informação, Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM, disse “oficialmente eu não sei de nada deste assunto”, mas as fontes desta informação reiteram que o indivíduo está de facto detido em Maputo para onde se refugiou depois do crime, temendo ser preso pelas autoridades da África do Sul.
Karegeya foi encontrado morto num hotel de luxo situado no Norte da cidade de Joanesburgo, na África do Sul, e suspeita que tenha sido estrangulado por agentes do Presidente ruandês, Paul Kagamé, que o expulsou da polícia secreta daquele país africano por razões de ordem político-militar.
Refira-se que o coronel Patrick Karegeya foi, entre 1994 e 2004, director-geral da secreta das Forças de Defesa de Ruanda e por ordens de um tribunal militar do Ruanda foi-lhe retirada a patente de Coronel e perseguido até conseguir abandonar o país para se exilar na África do Sul desde 2007.